Começa em Buenos Aires a “marcha do silêncio” em homenagem a Nisman

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2015 21h33
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Buenos Aires, 18 fev (EFE).- Com promotores e a família de Alberto Nisman à frente, dezenas de milhares de pessoas participaram do início da “marcha do silêncio” convocada em homenagem ao promotor Alberto Nisman um mês depois de sua morte, cujas circunstâncias ainda não foram esclarecidas.

A passeata teve início sob uma intensa chuva na Praça do Congresso e seguiu em direção à Praça de Maio, em frente à sede do governo.

Alberto Nisman, promotor especial da causa sobre o atentado contra a associação judaica Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu em 18 de janeiro com um disparo na cabeça apenas quatro dias após ter denunciado a presidente argentina, Cristina Kirchner, de encobrir suspeitos iranianos do ataque.

Também participam da marcha membros da oposição ao atual governo e representantes de diferentes setores sociais e associações civis. Há poucos dias, a convocação da passeata foi criticada pelo governo, que alegou que ela teria viés político opositor. Hoje, porém, o secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, suavizou a tensão ao afirmar que “iria à manifestação”, mas que não participaria porque “seria uma provocação”.

Diante das críticas, os organizadores, entre eles alguns dos promotores argentinos mais destacados, afirmaram que a marcha tem o objetivo de prestar homenagem a Nisman, sem segundas intenções políticas.

Na última sexta-feira, o promotor Gerardo Pollicita solicitou à Justiça a acusação de Cristina Kirchner, do chanceler Héctor Timerman e dos demais acusados por Nisman. EFE

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