Começa em Lima conferência sobre mudança climática “crucial para o mundo”
Lima, 1 dez (EFE).- A 20ª Conferência das Partes sobre a Mudança Climática (COP20), que começou nesta segunda-feira em Lima, será “histórica para o Peru e crucial para o mundo”, segundo afirmou seu presidente, o ministro do Ambiente do Peru, Manuel Pulgar Vidal.
A cúpula, na qual participam mais de 10.300 delegados de 195 países, foi aberta pelo presidente em fim de mandato da COP19, o polonês Marcin Korolec, que entregou o cargo a Pulgar Vidal.
“Queremos que esta seja a COP que ponha os alicerces sólidos do novo acordo climático global. Queremos que todos os países, sem exceção, nos ponhamos de acordo sobre a informação a apresentar para demonstrar nosso compromisso na redução de emissões”, destacou Pulgar Vidal ao declarar inaugurada a conferência.
Na Cúpula de Lima deve ser perfilada uma minuta para ser aprovada no ano que vem em Paris, para que substitua o Protocolo de Kioto a partir de 2020.
Pulgar Vidal assinalou que o desafio desta COP20 será “receber todos os bons sinais e mensagens” que estão dando os países do mundo para conseguir um consenso.
“Que não joguemos para perder. Construamos certeza e acordos que aumentem a confiança entre nós e a opinião pública. O mundo nos espera e não espera que falhemos”, ponderou.
Por sua parte, o presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), Rajendra Pachauri, assinalou que para impedir que a temperatura global aumente em 2 graus, as emissões de gases do efeito estufa devem ser reduzidas entre 40% e 70% até 2050, e serem eliminadas quase em sua totalidade para o ano 2100.
“Quanto mais o atrasemos, mais difícil e caro será enfrentar o objetivo dos 2 graus”, acrescentou.
Durante a cerimônia também foi transmitida uma mensagem em vídeo do presidente Ollanta Humala, que disse que seu país recebe “de braços abertos” os participantes da COP20 e oferece sua contribuição “à comunidade internacional com a firme esperança que sirva ao bem de todos.”
Em Lima espera-se que os recentes compromissos da União Europeia (UE), China e Estados Unidos para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa deem um impulso político às negociações e tenham um efeito positivo sobre os demais países. EFE
dub/rsd
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.