Começa na Argentina novo julgamento por crimes cometido na ditadura
Buenos Aires, 18 ago (EFE).- O Tribunal Oral no Criminal Federal 1 da cidade de San Martín começou nesta terça-feira o novo julgamento do ex-chefe do Comando de Institutos Militares do Campo de Maio Santiago Omar Riveros, Rodolfo Emilio Feroglio, o ex-diretor da Escola de Cavalaria vinculada aos Institutos Militares, e o ex-delegado Carlos Daniel Caimi, a cargo da delegacia de Villa Ballester entre 1975 e 1977 acusados de crimes contra a humanidade cometidos no complexo militar, nos arredores de Buenos Aires, durante a última ditadura argentina.
Eles serão julgados por crimes cometidos a 14 pessoas, sendo que 11 sobreviveram e três continuam desaparecidas. As vítimas foram ilegalmente presas em quartos dentro da denominada “Área de Defesa IV”, que dependia da guarnição militar do Campo de Maio, e estiveram ou foram vistas por testemunhas na delegacia de Villa Ballester.
Este é o 13º julgamento oral realizado por crimes contra a humanidade cometidos dentro da guarnição militar onde funcionaram quatro centros de detenção durante a ditadura, pelos quais passaram 5 mil detidos, sendo que apenas 50 sobreviveram. Segundo informou hoje o Centro de Informação Judicial, o tribunal deve ouvir 45 testemunhas durante as audiências programadas.
A última ditadura militar argentina (1976-1983) deixou pelo menos 30 mil desaparecidos, de acordo com organismos de Direitos Humanos. EFE
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