Comissão da ONU responsabiliza potências estrangeiras por degradação na Síria

  • Por Agência EFE
  • 22/02/2016 14h47
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XNM103. Homs (Syrian Arab Republic), 21/02/2016.- Syrian policemen and citizens inspect the site of a twin bomb attack in the city of Homs, Syria, 21 February 2015. The death toll from the double bomb attack in the Syrian city of Homs rose to 46, including at least 28 civilians, the Syrian Observatory for Human Rights reported. The blasts occurred in the city's Zahraa neighbourhood, populated mainly by members of President Bashar al-Assad's Alawite sect, the Osbervatory said. Alawite districts of the central Syrian city have seen numerous deadly bombings, mostly claimed by the Islamic State and the al-Nusra Front jihadist groups. (Atentado, Siria) EFE/EPA/STR EFE/EPA/STR Dupla bomba em atentado deixa dezenas de mortos em Homs

A comissão da ONU que documenta os crimes na Síria garantiu nesta segunda-feira que a crescente participação de atores exteriores na guerra está dificultando ainda mais a situação e aumenta o risco de uma “internacionalização” do conflito.

“O conflito virou uma guerra indireta com várias partes dirigida desde o exterior através de uma intrincada rede de alianças”, disseram os especialistas das Nações Unidas em seu último relatório, apresentado hoje.

O documento destaca que, “paradoxalmente, os atores internacionais e regionais que estão pressionando ostensivamente para uma solução pacífica à guerra continuam ao mesmo tempo alimentando a escalada militar”.

Entre outras intervenções estrangeiras, os especialistas das Nações Unidas destacam as operações aéreas da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI) e o apoio que desde o ar a Rússia está dando ao regime sírio.

O presidente da comissão, Paulo Pinheiro, explicou em entrevista coletiva que o número cada vez maior de atores que intervêm na guerra “levou a uma escalada das hostilidades”, que por sua vez resultou “em mais mortes de civis”.

Essa “multiplicação” de atores no conflito, particularmente desde o ar, derivou em uma situação “mais intensa e mais difícil”, acrescentou Vitit Muntarbhorn, membro do grupo.

Muntarbhorn explicou que dado que sua equipe não tem acesso físico à Síria, não está em posição de identificar os responsáveis de “alguns ataques aéreos nos quais foram documentadas violações” das normas internacionais, embora esteja investigando.

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