Comissão de Direitos Humanos averiguará mortes de civis no sul do México

  • Por Agencia EFE
  • 28/09/2014 19h57
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Cidade do México, 28 set (EFE).- A Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) do México informou neste domingo que enviou à cidade de Iguala, no estado de Guerrero, um grupo de especialistas para investigar os homicídios de seis pessoas, sendo três delas estudantes, durante a onda de violência dos últimos dias.

O presidente da CNDH, Raúl Plascencia, abriu queixa pelos atos violentos derivados dos ataques a tiros “que desconhecidos executaram contra diferentes pessoas” na noite de sexta-feira e na madrugada de sábado, explicou o órgão em comunicado.

O grupo de especialistas é integrado por advogados, médicos e psicólogos que foram para Iguala para prestar atendimento às vítimas e realizar diversas diligências sobre o ocorrido.

De acordo com a informação oficial, agentes da Polícia Municipal de Iguala, assim como um grupo armado não identificado, dispararam contra estudantes e outras pessoas, assassinando ao menos seis e ferindo 19.

Os protestos começaram quando a polícia perseguiu e atirou contra três ônibus que tinham sido tomados por estudantes. Vários deles foram atingidos e ficaram feridos.

Horas mais tarde, os estudantes foram atacados a tiros por um grupo de homens armados, supostamente policiais municipais, quando conversavam com um grupo de repórteres. A ação deixou dois jovens mortos.

Minutos depois, na estrada entre Iguala e Chilpancingo, outro conjunto de civis não identificados disparou contra um ônibus onde viajavam atletas Avispones de Chilpancingo, equipe de futebol da terceira divisão do México, matando um dos jogadores.

Na mesma ação também morreu uma mulher que viajava em um táxi e o motorista do ônibus, que não resistiu aos ferimentos enquanto era levado ao hospital.

Durante a manhã de sábado, as autoridades do estado de Guerrero localizaram o corpo de outro jovem morto perto do local onde ocorreu o primeiro tiroteio.

Também foi iniciada uma investigação sobre a onda de violência que tomou a cidade de Iguala.

A CNDH indicou que, uma vez terminada a sua investigação, emitirá uma determinação de acordo com as suas “atribuições constitucionais”.

Iguala está sendo vigiada por quase 2 mil policiais estaduais e federais, além de equipes do exército e da marinha, depois que quase 200 policiais foram suspensos por causa das investigações.

A Prefeitura de Iguala expressou em comunicado seu pêsame às famílias dos mortos durante os atos violentos. Além disso, pediu que as autoridades esclareçam o que ocorreu para que os culpados sejam punidos. EFE.

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