Comissão do governo colombiano revisa situação na fronteira com a Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2015 15h19

Bogotá, 23 ago (EFE).- Uma comissão do governo colombiano, liderada pelo ministro do Interior, Juan Fernando Cristo, se reuniu neste domingo na cidade de Cúcuta com diferentes autoridades “para revisar” a situação de um lance da fronteira com a Venezuela que permanece fechado desde quarta-feira, informaram fontes oficiais.

Cristo está acompanhado na comissão pelo vice-ministro de Fazenda, Andrés Escobar Arango, da subdiretora do Departamento de Prosperidade Social (DPS), Mariana Escobar, do vice-ministro de Desenvolvimento Empresarial, Daniel Arango, e do diretor da União Nacional de Proteção, Diego Mora, segundo um comunicado do Ministério do Interior.

Além disso, fazem parte da comissão os comandantes militares da Força de Tarefa Vulcano e da polícia na região.

As passagens entre o departamento do Norte de Santander (Colômbia) e o estado de Táchira (Venezuela) foram fechadas na quarta-feira por ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após um ataque de supostos contrabandistas contra militares desse país que deixou três uniformizados e um civil feridos.

Posteriormente, o líder declarou estado de exceção no estado de Táchira por 60 dias prorrogáveis e fechou “até novo aviso” todas as passagens fronteiriças com a Colômbia nessa região.

Só no dia de ontem, a Venezuela deportou 185 colombianos imigrantes ilegais e capturou outros oito acusados de serem paramilitares, segundo informaram fontes oficiais.

Também no dia de ontem, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que o fechamento indefinido da fronteira beneficia os criminosos, e destacou que tratará de falar com Maduro para solucionar o mais rápido possível essa situação.

Na próxima quarta-feira as chanceleres de ambos países, a colombiana María Ángela Holguín e a venezuelana Delcy Rodríguez, se reunirão para tratar a situação.

Venezuela e Colômbia compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros, na qual existe uma forte atividade de contrabando de todos os tipos de produtos, sobretudo desde o primeiro país ao segundo, devido à grande diferença de preços entre ambos países que deixa amplas margens de lucro aos contrabandistas, enormes no caso do combustível. EFE

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