Comissão Eleitoral sudanesa nega irregularidades ou fraude nas eleições
Cartum, 16 abr (EFE).- A Comissão Eleitoral do Sudão negou nesta quinta-feira que nas eleições presidenciais e legislativas tenham ocorrido irregularidades ou casos de fraude, como alegaram dois candidatos à chefia de Estado que se retiraram da disputa.
O presidente desse órgão eleitoral, Mojtar al Asem, desafiou em declarações à Agência Efe esses dois aspirantes a apresentar provas da fraude nas eleições, que começaram no domingo passado e que terminam nesta quinta-feira.
Al Asem antecipou que os centros de votação fecharão às 19h local (13h, Brasília) e que não haverá mais prorrogação, depois que ontem houve a decisão de ampliar a votação por um dia.
A apuração de votos começará na sexta-feira e os resultados finais serão anunciados no dia 27, acrescentou o responsável da Comissão.
A decisão de ampliar até hoje a votação é um dos motivos alegados pelos independentes Omar Awad al Karim e Ahmed al Radi para retirar suas candidaturas à presidência.
Al Radi disse que outra das razões que o impulsionaram a sair da disputa eleitoral foi a baixa participação dos eleitores.
Por outro lado, Al Karim denunciou em entrevista coletiva ontem à noite que as eleições foram “uma farsa política, apesar do regime sudanês as destacar como democráticas, limpas e livres”.
Este último candidato também denunciou várias irregularidades, como que as cédulas não contavam com o número de série e que foi permitido que os eleitores votassem apresentando um comprovante de residência ao invés do documento de identidade.
Os principais partidos da oposição sudanesa boicotam as eleições, entre eles o Partido da Umma (a nação), o maior da oposição e presidido pelo ex-primeiro-ministro Sadeq al Mahdi, o partido da Conferência Popular (PCP), liderado pelo clérigo islamita Hassan ao Torabi, e o Partido Comunista.
Entre os 14 candidatos à presidência, após a retirada dos dois citados, parte como favorito indiscutível o atual chefe de Estado, Omar Hassan al Bashir, no poder desde 1989. EFE
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