Comissão Europeia aprova criação de fundo de investimentos do “plano Juncker”

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 11h47

Bruxelas, 22 jul (EFE).- A Comissão Europeia (CE) encerrou nesta quarta-feira os trabalhos para que o fundo europeu de investimentos estratégicos (EFSI) do “plano Juncker” esteja preparado para funcionar a partir de setembro.

O colegiado de comissários aprovou hoje um conjunto de medidas imprescindíveis para a operabilidade do EFSI, como o regulamento, o papel dos bancos nacionais que darão apoio ao plano, os membros de seu conselho de direção, as regras de funcionamento, e várias ferramentas de informação para investidores.

O anúncio foi feito a imprensa após a assinatura do acordo pelo presidente do Executivo comunitário, Jean-Claude Juncker; pelo vice-presidente encarregado de Investimento, Competitividade, Crescimento e Emprego, Jyrki Katainen, e pelo presidente do Banco Europeu de Investimentos (BEI), Werner Hoyer.

“Esta ajuda é imprescindível para completar o triângulo virtuoso para sair da crise, formado pela consolidação fiscal, pelas reformas estruturais e pelo investimento público e privado”, assinalou Juncker após apresentar as medidas à imprensa em Bruxelas.

Na mesma linha, Hoyer afirmou que este plano ajuda a cobrir o vazio de investimentos na UE e destacou o rápido trabalho das instituições europeias junto ao BEI para pôr o plano e o fundo europeu de investimentos em andamento o mais rápido possível.

Sobre os bancos nacionais públicos, Katainen destacou “seu importante papel para que o plano Juncker seja um sucesso”.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, disse em comunicado que “a sinergia entre os instrumentos europeus e nacionais será essencial para fechar a lacuna de investimentos que nossas economias enfrentam”.

E acrescentou que para isso a CE está “convencida de que uma rede bem estruturada de bancos nacionais será chave, com o complemento do BEI”.

Além disso, e coincidindo com a presença na CE do presidente do Banco Europeu de Investimentos, foram confirmados alguns dos projetos europeus que já contavam com financiamento da instituição investidora e que também terão respaldo do plano.

No que diz respeito os integrantes do conselho diretor do EFSI, a CE nomeou, sem ainda o sinal verde da Eurocâmara, como reivindicava boa parte do plenário, Ambroise Fayolle (do BEI), Maarten Verwey, Gerassimos Thomas, Irmfried Schwimann, Benjamin Ángel, Nicolas Martin e Robert-Jan Smits (da CE).

Por último, o Executivo comunitário deu sinal verde para um organismo de assessoria europeu que dê informação e conselho para os projetos europeus, e para um site para os empreendedores que busquem potenciais investidores.

O plano Juncker é a principal aposta do Executivo comunitário, eleito há um ano, para que a Europa saia da crise, e tem sido tratado como um novo plano Marshall, para promover o crescimento econômico e a criação de emprego.

A CE quer mobilizar mediante investimento publico e privado 315 bilhões de euros (R$ 1,1 bilhão) para financiar projetos de infraestruturas de transporte, banda larga, energia e pesquisa, entre outros.

A chave para isso é o próprio EFSI, que tem orçamento de 16 bilhões de euros vindos da União Europeia (UE) e de cinco bilhões de euros do Banco Europeu de Investimentos (BEI), que atuará como alavanca para atrair 15 vezes mais investimentos. Dez países já contribuíram com o fundo.EFE

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