Comissão Europeia doa 4,5 milhões de euros em ajuda aos refugiados do Burundi

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 11h58
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Bruxelas, 30 jul (EFE).- A Comissão Europeia (CE) deu sinal verde nesta quinta-feira a uma linha de ajuda de 4,5 milhões de euros de assistência humanitária para os mais de 175 mil refugiados de origem burundinesa deslocados nos países vizinhos, a maioria mulheres e crianças.

“Não podemos olhar para o outro lado enquanto se deteriora a situação humanitária. Nos últimos três meses o número de afetados se multiplicou e a ajuda europeia é muito importante para as necessidades mais urgentes”, disse o comissário europeu de Ajuda Humanitária e Gestão de Crise, Christos Stylianides, em comunicado .

Os refugiados começaram a deixar o Burundi em maior medida desde o mês de abril após sofrerem atos de intimidação e ameaças, segundo a CE.

O comissário destacou ao mesmo tempo a “generosa hospitalidade dos países da região que abriram a porta a seus vizinhos do Burundi”, em alusão principalmente à Tanzânia (80 mil refugiados), Ruanda (71.158), a República Democrática do Congo (13.368) e Uganda (11.165).

As necessidades humanitárias mais urgentes passam pela construção de um teto para os refugiados, tomar medidas para a salubridade de água e dar assistência médica perante o possível surto de doenças e epidemias, principalmente a cólera, levando em conta a temporada de chuvas e a superpopulação nos campos de refugiados.

A ajuda de 4,5 milhões de euros se somará aos 9 milhões de eurps enviados nos meses anteriores, e eleva a ajuda da UE à região dos Grandes Lagos em 2015 a 56,5 milhões de euros.

O anúncio em 25 de abril do presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, de voltar a concorrer para um terceiro mandato, provocou sérias divisões políticas no país e uma nova crise de segurança.

As eleições presidenciais realizadas em 21 de junho apontaram como ganhador Nkurunziza para um novo mandato de cinco anos com 69,41% dos votos.

Após o pleito, que a ONU e os Estados Unidos consideram que não foram “nem críveis e nem legítimos”, a União Europeia anunciou que revisará suas relações com o Burundi para que este país se comprometa a pôr fim à crise e a violência que atravessa. EFE

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