Comissão Europeia pede que Portugal continue “extremamente vigilante”
Bruxelas, 5 mai (EFE).- A Comissão Europeia reconheceu nesta segunda-feira que Portugal cumpriu os objetivos estipulados em seu resgate, mas pediu que o governo luso siga “extremamente vigilante” e continue as reformas após a saída de seu programa financeiro em meados deste mês.
“O governo português tem que ser extremamente vigilante e não pode ter nenhuma complacência, as reformas têm que continuar e várias medidas decididas têm que se aplicadas”, afirmou o vice-presidente do Executivo comunitário, Siim Kallas, durante a apresentação das previsões macroeconômicas da Comissão.
Lisboa anunciou neste domingo que no dia 17 de maio fechará oficialmente seu resgate financeiro sem recorrer a nenhum programa de ajuda extra, e que adotará novas medidas de ajuste para enfrentar os próximos anos, como a alta do IVA e dos impostos pagos por trabalhadores.
Kallas disse que a “saída limpa” foi decidida após a troika -formada pela própria Comissão, Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional- constatassem que o país cumpriu com os objetivos do resgate de US$ 78 bilhões de euros concedido ao país.
“As metas e objetivos do programa foram alcançados, portanto o programa se cumpriu e se implementou como se esperava”, explicou Kallas.
“Definitivamente haverá alguns riscos, mas nossa opinião hoje é que esta decisão pode ser justificada, pode ser respaldada, e a Comissão Europeia vai apoiar o governo de Portugal nesta escolha”, acrescentou.
Em suas previsões macroeconômicas apresentadas hoje, Bruxelas assinalou que o retrocesso da economia portuguesa em 2013 foi menor que o esperado e que o país crescerá 1,2% neste ano e 1,5% em 2015, enquanto os riscos se suavizam mas ainda persistem.
Já o desemprego poderia se reduzir para 15,4% em 2014 e para 14,8% em 2015. EFE
mtm/dk
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