Comissão Europeia prevê alta do PIB na zona de euro de 1,3% em 2015

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2015 10h30

Bruxelas, 5 fev (EFE).- A Comissão Europeia revisou nesta quinta-feira para cima o crescimento econômico da zona do euro, que será de 1,3% neste ano e de 1,9% em 2016, enquanto para o conjunto da União Europeia (UE) o aumento será de 1,7% e 2,1%, respectivamente.

Trata-se “da primeira vez desde 2007 em que se espera que todas as economias da UE cresçam”, devido a um aumento da demanda em nível nacional e internacional, a uma política monetária mais ajustada e a uma posição fiscal mais neutra, segundo os analistas do Executivo comunitário.

A Comissão, que hoje publicou suas previsões macroeconômicas para os países do euro e de toda a UE para 2015 e 2016, advertiu que apesar da melhora da economia geral, “as perspectivas de crescimento em toda Europa se veem limitadas pelos frágeis investimentos e o alto desemprego”.

O organismo afirmou ainda que desde o final do ano passado, quando indicou que em 2015 o crescimento do PIB seria de 1,1% nos países de moeda comum e de 1,5% na UE, ocorreram situações favoráveis como uma queda mais rápida do que o esperado dos preços do petróleo.

Os economistas da Comissão Europeia afirmaram que também contribuiu para uma previsão de crescimento mais otimista as medidas de expansão quantitativa (compras maciças ou ilimitadas de bônus) adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e o plano de investimentos estratégicos de 315 bilhões de euros.

“A Europa está em um ponto crítico. Colocaram-se em prática as condições econômicas adequadas para que haja crescimento sustentado e criação de empregos”, disse o vice-presidente comunitário para o Euro e o Diálogo Social, Valdis Dombrovskis, em um comunicado.

“Agora é preciso dar mais um passo nas reformas para reforçar o crescimento e nos assegurar que isso se traduza em dinheiro nos bolsos dos cidadãos”, acrescentou.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici, disse que embora as perspectivas sejam melhores do que há alguns meses, “resta muito ainda por fazer até gerar trabalho para milhões de europeus”.

A Comissão Europeia destacou ainda que o crescimento, embora generalizado, será díspar: Irlanda como o país com a maior progressão do PIB para 2015 (3,5%) e Croácia com a menor (0,2%).

Das grandes economias europeias, a Alemanha, segundo as estimativas de Bruxelas, crescerá 1,5% neste ano e 2% no seguinte; a França avançará 1% e 1,8%, respectivamente; a Itália 0,6% e 1,3%; o Reino Unido 2,6% e 2,4%; e a Espanha 2,3% e 2,5%.

No caso da Grécia, o crescimento de sua economia chegará a 2,5% neste ano e a 3,6% em 2016, e em Portugal a subida será de 1,6% e 1,7%.

Em relação à inflação, a Comissão espera que o indicador se mantenha em níveis baixos em 2015, embora aumentará progressivamente ao longo do ano, até terminar em 0,2% e chegar a 1,4% em 2016 para o conjunto da UE, enquanto na zona do euro se prevê uma taxa de -0,1% e 1,3%, respectivamente.

As altas taxas de desemprego na União Europeia são motivo de preocupação, e embora espera-se que à medida que se recupere a atividade econômica os empregos aumentem, a Comissão ressaltou que esse crescimento será insuficiente.

A estimativa é que o desemprego fique em 9,8% na UE e em 11,2% na zona do euro neste ano, embora com taxas díspares entre os sócios comunitários. EFE

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