Comissão propõe modificação em pergunta do referendo britânico sobre a UE
Londres, 1 set (EFE).- A Comissão Eleitoral britânica recomendou nesta segunda-feira modificar a pergunta que será formulada no referendo sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia (UE) para evitar acusações de parcialidade.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, prometeu convocar o referendo antes do final de 2017 e a legislação que autorizará a consulta será debatida no parlamento ainda neste ano.
A pergunta introduzida no projeto de lei é: “Deveria o Reino Unido continuar como membro da União Europeia?”, para a qual os eleitores deverão responder com um “sim” ou um “não”.
No entanto, a comissão, supervisora de qualquer eleição no país, considerou hoje que essa pergunta deve ser modificada.
Propõe, por outro lado, perguntar “Deveria o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?”, com as seguintes respostas “Permanecer na União Europeia” ou “Deixar a União Europeia”.
O organismo supervisor indicou hoje que decidiu fazer esta proposta após uma profunda avaliação e após consultar com especialistas, por isso que enviou cartas ao governo e aos deputados britânicos para aconselhar a mudança uma vez que o projeto seja debatido no parlamento.
Nesse sentido, Cameron aceitou a recomendação, por isso que introduzirá uma emenda ao projeto de lei, informou hoje a residência oficial do primeiro-ministro, no 10 de Downing Street.
O presidente da Comissão Eleitoral, Jenny Watson, disse hoje que “qualquer pergunta formulada em um referendo deve ser a mais clara possível para que os eleitores entendam a importância de sua escolha”.
Watson acrescentou que “agora o parlamento deve analisar nosso conselho e decidir a frase da pergunta”.
O governo ainda não fixou a data para a realização da consulta, enquanto espera-se que o projeto legislativo seja aprovado sem problemas pois o Partido Trabalhista, primeiro da oposição, já antecipou que o respaldará.
Cameron disse antes de convocar o referendo, que alguns especialistas acreditam pode ocorrer em 2016, que buscará reformas na UE em questões como imigração e justiça. EFE
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