Comitiva argentina viaja aos EUA e apoia país em julgamento de fundos abutre

  • Por Agencia EFE
  • 06/06/2014 18h37
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Buenos Aires, 6 jun (EFE).- Uma delegação parlamentar, composta por legisladores governistas e opositores argentinos, viajará no domingo a Washington para apoiar a Argentina na disputa que contém com fundos de investimento, nos dias prévios ao qual a Corte Suprema americana emitirá sua decisão.

A intenção dos membros da comitiva é manter reuniões com legisladores dos Estados Unidos para explicar a necessidade respaldar a reestruturação da dívida que a Argentina contraiu em 2005, informaram fontes oficiais à Agência Telam.

A delegação será liderada pelo titular provisório do Senado, Gerardo Zamora, e o presidente da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez, e integrada por parte do Governo, por outros cargos de ambas as câmaras e representantes do governamental Frente para a Vitória (Fpv).

Pela parte opositora, viajará o presidente do bloco da Frente Renovador na câmara Baixa, Darío Guistozzi, o deputado da conservadora Proposta Republicana (Pró) Federico Sturzenegger; o ex-ministro de Economia e atual dirigente da coalizão UNEM, Martín Lousteau, e Lino Aguilar, do Partido Justicialista.

Os encontros com os legisladores americanos ocorrerão nos dias prévios à audiência da Corte Suprema da próxima quinta-feira, e nele os parlamentares argentinos falarão sobre a negociação da Argentina com os querelantes, em condições similares às oferecidas aos demais credores em 2005 e 2010.

Os denominados “fundos abutres” adquiriram dívida argentina com altas taxas de juros e risco, com a esperança de obter grandes benefícios enquanto a Argentina atravessava uma severa crise econômica e social que levou o país a declarar moratória no final de 2001.

Nas trocas de dívida de 2005 e 2010, a Argentina alcançou uma adesão de 93% dos investidores para reestruturar uma dívida em moratória inicial de US$ 102 bilhões, com uma remissão de dívida de 65%, fortes economias em juros e prazos de pagamento estendidos.

Em 23 de agosto, a Corte de Apelações do Segundo Circuito de Nova York confirmou uma decisão de primeira instância do juiz Thomas Griesa que obriga a Argentina a pagar aos fundos de investimento querelantes US$ 1,3 bilhão.

A aplicação desta decisão está em suspenso após a Argentina apresentar uma apelação perante a Corte Suprema americana em fevereiro.

Após a decisão de agosto, o Congresso argentino aprovou, a pedido do governo, uma terceira abertura de troca de dívida com a esperança que ingressem 7% de credores que não fizeram isso nas reestruturações prévias. EFE

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