Comunidade árabe na Venezuela critica visita de emir do Catar ao país

  • Por Agencia EFE
  • 16/05/2015 01h00

Caracas, 16 mai (EFE).- A Federação de Entidades e Associações Árabes da Venezuela (Fearab) criticou nesta sexta-feira a visita do emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, que esteve por algumas horas em Caracas para se reunir com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

“Nossa Federação toma nota da muito desagradável, surpreendente e inesperada visita que o emir do Catar realiza neste momento a nossa amada pátria”, afirmou a Fearab em comunicado divulgado hoje nas redes sociais pelo presidente da organização, o também deputado chavista Adel El Zabayar.

Segundo o texto do deputado de origem síria, a Fearab considera que o emir é um “assassino do povo sírio, e que promove movimentos suspeitos na Venezuela”.

Zabayar, que não detalhou suas acusações, assegurou que “o governo do Catar utilizou a mesma receita com Síria, Líbia e Egito. Boas relações por um lado, e conspiração pelo outro”.

“O emirado do Catar, junto com Arábia Saudita, Turquia, Jordânia, entre outros, foi e é cúmplice ativo do massacre e do assassinato de centenas de milhares de mártires de nosso amado povo sírio”, assinalou a Fearab em seu comunicado.

Hamad Al Thani fez uma breve visita à Venezuela para se reunir com Maduro no palácio de governo, um encontro que o líder venezuelano considerou como uma reunião “extraordinária” que serviu para incrementar projetos no campo energético, turístico, de mineração e agroalimentar.

Maduro afirmou que na conversa de “quase uma hora e meia” foram tratados temas de “investimentos conjuntos no campo petrolífero, de gás e de refino” e sobre a “recuperação progressiva e paulatina do mercado do petróleo”, da qual a Venezuela foi o principal promotor. EFE

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