Comunidade científica vê com otimismo novo Marco Legal

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2016 13h59
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Brasília - A presidenta Dilma Rousseff sanciona o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. A proposta aproxima as universidades das empresas (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Presidente Dilma Rousseff

Os caminhos para a inovação passam pela capacidade de produzir conhecimento, o que geralmente ocorre por meio da pesquisa. Só que ciência no Brasil é um negócio complicado; não só complicado pelo aspecto desafiador de descobrir o novo, mas complicado de se manter mesmo.

O professor de microbiologia da Universidade Federal da Bahia Gúbio Soares Campos foi um dos primeiros a identificar a presença do vírus zika no Brasil e avalia que o ano passado foi muito ruim. (Ouça detalhes no áudio acima)

Mesmo as áreas que garantiram alguma projeção internacional ao Brasil enfrentam algum tipo de dificuldade. O brasileiro Artur Ávila venceu a medalha Fields, tido como o prêmio Nobel da matemática.

Mesmo assim ainda há muita necessidade de ampliar as áreas de pesquisa, conforme relata o ex-diretor-geral do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, César Camacho.

O professor Camacho também chamou a atenção para o fato de não haver sistemas satisfatórios de contratação de pesquisadores

Burocracia

Há dificuldades burocráticas também na relação entre instituições privadas e públicas de pesquisa e muita burocracia nas compras. Nesta semana, a comunidade científica recebeu bem o novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, lei sancionada pela presidência da república.

Ele pretende reduzir os entraves; a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader, é otimista.

A nova lei pretende destravar muitos problemas burocráticos, mas tomara que ela ajude a atrair mais dinheiro.

Levantamento do Banco Mundial mostra que, em 2015 – o último dado disponível, o Brasil, somando gasto público e privado, investiu 1,2% do PIB em pesquisa em desenvolvimento.

No mesmo ano, a China colocou 1,9%, os Estados Unidos, 2,8%, e a Coreia do Sul, impressionantes 4%.

É torcer para que o Brasil comece a ganhar essa corrida também.

Por Tiago Muniz

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