Comunidade de origem etíope protesta contra discriminação em Israel

  • Por Agencia Brasil
  • 04/05/2015 09h30

Membros israelenses da comunidade etíope protestam contra o racismo em Tel Aviv EFE/EPA/DANIEL BAR ON Membros israelenses da comunidade etíope protestam contra o racismo em Tel Aviv

Cinquenta e seis agentes e sete manifestantes ficaram feridos, na noite desse domingo (3), em Tel Aviv, no segundo dia de protestos contra a violência e a discriminação da comunidade de origem etíope em Israel, informaram fontes policiais. Durante os violentos confrontos, na Praça Rabin, foram detidos 43 manifestantes.

A polícia israelense recorreu à força quando milhares de participantes se deslocaram rumo ao edifício da prefeitura municipal e, depois de duas horas de manifestação, tentaram entrar no prédio, de acordo com a imprensa local.

Os agentes recorreram aos gases de pimenta e lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, o que aumentou a tensão.

Soldado israelense de origem etíope Damas Pakada, que foi atacado por agentes policiais na cidade de Holon, chega a sua reunião com o premiê Benjamin Netanyahu, que tenta acalmar as tensões raciais, em Jerusalém (EFE/EPA/DANIEL BAR ON)

A polícia israelense disse que os agentes atuaram com “contenção” e tentaram negociar uma solução, mas que o ato era “uma manifestação não autorizada.”

As tensões começaram no dia 26 de abril com a divulgação na internet de um vídeo amador que mostra dois agentes policiais agredindo um imigrante etíope na cidade de Holón.

A comunidade judia etíope lamentou que as autoridades tenham atitudes racistas e discriminatórias com esta população. “Cerca de 70% dos etíopes vivem concentrados em guetos em 17 localidades, o que cria tensões com o restante da população”, afirmou um dos membros da comunidade.

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