Comunidade internacional pressiona Itamaraty a atuar perante a crise na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2016 16h02
EFE Venezuela - EFE

A comunidade internacional pressiona o Itamaraty a assumir um papel construtivo e ter uma atuação presente na crise da Venezuela. Organizações não governamentais consideram a troca de comando no Brasil, apesar da interinidade de Michel Temer, uma oportunidade para mudanças.

Um dos pontos de debate é o fim do alinhamento ideológico com o chavismo, o que ocorre naturalmente com a saída do PT do poder.

A diretora da ONG Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu, avaliou que a Venezuela vive um colapso nos direitos humanos. “Um processo de doiálogo com o Governo brasileiro para que haja uma atuação mais pró-ativa em relação a uma situação de profundo colapso nos direitos fundamentais das pessoas no nosso vizinho. Essa situação chegou a um ponto de calamidade em relação a todos os direitos. A gente advoga que haja uma abordagem não ideológica, e sim de direitos humanos”, disse.

A diretora da Human Rights Watch Maria Laura Canineu considerou inaceitável que a Venezuela tenha presos políticos.

O presidente da Comissão de Proteção Internacional da OAB de São Paulo, Manuel Furriela, defendeu pressões diplomáticas e econômicas. “O Brasil é grande fornecedor de itens básicos. então tem condições de exercer pressões econômicas, caso outras pressões não surtam efeito. Se houver necessidade, outras medidas podem ser tomadas”, pontuou.

Manuel Furriela, que também é diretor de Relações Internacionais da FMU, lembrou, no entanto, que o impasse político deve ser resolvido internamente. A Venezuela enfrenta uma grave crise e o governo de Nicolas Maduro está cada vez mais isolado.

*Informações do repórter Thiago Uberreich

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