Comunidade judaica da Dinamarca se mostra “comovida” por ataque a sinagoga
Copenhague, 15 fev (EFE).- A comunidade judaica dinamarquesa se mostrou “comovida” neste domingo após o ataque desta madrugada contra uma sinagoga de Copenhague, no qual uma pessoa morreu e dois policiais ficaram feridos por tiros de um indivíduo morto horas mais tarde.
“Todos estamos comovidos. Embora digamos que isso já havia sido avisado e já temêssemos, quando acontece ficamos comovidos”, disse em entrevista coletiva Dan Rosenberg Asmussen, presidente da Sociedade Judia da Dinamarca, que agrupa a uma comunidade de umas 8.000 pessoas.
A polícia da Dinamarca não tem certeza sobre os motivos do suspeito, mas cogita a possibilidade que atuasse inspirado pelos recentes atentados em Paris, uma teoria que os representantes da comunidade judaica também acreditam ser possível, mas pediram prudência.
Tanto Asmussen como o ex-rabino-chefe Bent Lexner, presentes no comparecimento em um hotel da capital dinamarquesa, recusaram pedir aos judeus dinamarqueses a emigrar da Dinamarca por questões segurança.
“Estamos preocupados, devemos averiguar como cuidar dessa situação para poder manter nossos serviços religiosos, festas e esse tipo de coisas”, afirmou Lexner.
O suspeito abriu fogo na tarde de ontem em um centro cultural onde se realizava um debate sobre blasfêmia e liberdade de expressão. O evento contava com a presença do artista sueco Lars Vilks, sob proteção policial pelas ameaças de grupos islamitas.
O diretor de cinema dinamarquês Finn Norgaard, de 55 anos, morreu neste ataque, enquanto Dan Uzan, de 37, foi morto com um disparo na cabeça horas depois, diante da sinagoga.
As autoridades dinamarquesas já sabem a identidade do suspeito, abatido nesta madrugada ao norte de Copenhague, um indivíduo que estava sendo vigiado pelos serviços de inteligência do país. EFE
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