Comunidade LGBTI Latina se reúne em Cuba para debater perante desafios

  • Por Agencia EFE
  • 05/05/2014 17h38
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Havana, 5 mai (EFE).- A Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersex para a América Latina e o Caribe (Ilgalac) se reunirá em Cuba nesta semana para “unir forças” na busca de respostas a desafios como a inclusão laboral e a discriminação.

A Conferência da Ilgalac, organizada pelo Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex) e dirigido pela sexóloga Mariela Castro, filha do presidente de Cuba, Raúl Castro, se reunirá com representantes de mais de 200 organizações da associação convocados pela unidade regional na defesa de seus direitos.

Hoje, em entrevista coletiva em Havana, a mexicana Gloria Careaga, secretária-geral da Ilgalac, explicou que na América Latina a Associação não está seguindo uma agenda única porque em cada país a comunidade tem necessidades “específicas e condições distintas”. Nesse sentido, afirmou que a reunião servirá para visualizar as particularidades e, a partir daí, construir uma agenda coletiva pela luta de todos.

O encontro começa amanhã em Varadero e pretende promover o debate e a troca de experiências sobre os atuais desafios da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersex.

Para Gloria, atualmente, o maior desafio na região está no Caribe anglófono, onde há muitos países que ainda penalizam o homossexualismo, questão que considera que não poderá ser solucionada “fácil nem rapidamente”.

De acordo com a ativista, na região ocorrerem assassinatos por homofobia. Ela assinalou que Brasil, Honduras e México estão entre os países mais perigosos para os trans, gays e lésbicas.

A conferência faz parte do programa da VII Jornada Cubana contra a Homofobia (JCH) realizada de hoje ao dia 24 pelo Cenesex com um programa de atividades em Havana e na província de Granma.

A filha de Raúl Castro ressaltou que a Jornada acontece após a aprovação e início na ilha de um novo Código do Trabalho que proíbe a discriminação laboral por orientação sexual e identidade de gênero.

Ela ressaltou que sua instituição se propõe a “continuar avançando” no processo de diálogo da sociedade cubana para conseguir uma verdadeira “mudança cultural” que permita instituir valores que garantam a não discriminação.

A diretora reforçou que se trata de “manter e fortalecer o diálogo em todos os espaços, em todos os níveis, e seguir trabalhando insistentemente nas mudanças legislativas que estão sendo realizadas no país”, como o Código Penal e o Código de Família. EFE

rmo/cdr

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