Confiança da Indústria avança 2,1 pontos em setembro ante agosto, aponta FGV

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/09/2016 09h57
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An employee of Ajinomoto Co works on a Hon-Dashi, or bonito base seasoning packaging line at the company's Kawasaki factory in Kawasaki, south of Tokyo, Japan, June 29, 2015. Japanese industrial output fell in May at the fastest pace in three months, adding to fears the economy may have contracted in the current quarter and putting the onus on consumers to drive a near-term rebound as exports remain in the doldrums. REUTERS/Yuya Shino Reuters Indústria

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 2,1 pontos em setembro ante agosto, passando de 86,1 para 88,2 pontos, o maior nível desde julho de 2014, informou nesta quarta-feira (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse resultado reverte a queda do mês passado, quando o indicador caiu 1,0 ponto. Desde março, o índice acumula um ganho de 13,5 pontos, mas a FGV aponta que o ICI permanece em um nível historicamente baixo.

A expansão em setembro atingiu 12 dos 19 segmentos pesquisados e foi determinada tanto pela melhora das expectativas quanto das avaliações sobre a situação atual. Houve um avanço de 2,5 pontos, para 89,8 pontos, no Índice de Expectativas (IE), o maior patamar desde junho de 2014. O Índice da Situação Atual (ISA) aumentou 1,5 ponto, para 86,7 pontos, maior nível desde janeiro de 2015 (88,4 pontos).

“Em setembro o ICI retoma a trajetória de alta iniciada em abril, depois de breve interrupção no mês anterior”, afirmou o superintende de Estatísticas Públicas da FGV/IBRE, Aloiso Campelo Junior. Ele observou que “a leitura desagregada dos quesitos da pesquisa sugere uma recuperação lenta e sujeita a sobressaltos pelo lado da produção, decorrente do esforço para normalização de estoques e da recente perda de fôlego das vendas externas. O setor continua desapontado com a lentidão da recuperação da demanda interna, mas começa a apresentar maior otimismo no horizonte de seis meses”, disse em nota.

A maior contribuição para a alta do IE veio do indicador que mede o grau de otimismo com a tendência dos negócios nos seis meses seguintes, que subiu 5,3 pontos, para 88,9 pontos, maior nível desde dezembro de 2014. No ISA, a principal influência para a melhora das percepções foi a evolução favorável dos estoques. As empresas que avaliaram os estoques como excessivos diminuíram de 14,1% para 12,7%, em setembro. Em contrapartida, o porcentual de empresas que consideraram o estoque insuficiente aumentou de 5,4% para 7,1%, o maior desde maio de 2013 (7,3%).

A FGV também informou que entre agosto e setembro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,9 ponto porcentual, para 74,7%.

A edição de setembro de 2016 do ICI coletou informações de 1.122 empresas entre os dias 5 e 23 deste mês. A próxima divulgação desse indicador será no dia 31 de outubro de 2016, sendo que a prévia do resultado será publicada no site do Ibre no dia 24 de outubro.

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