Conflito entre Exército e rebeldes deixa 29 mortos no Sudão do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 10/11/2014 16h58

Juba, 10 nov (EFE).- Pelo menos 29 pessoas morreram nesta segunda-feira em confrontos entre o Exército do Sudão do Sul e as milícias rebeldes lideradas pelo ex-vice-presidente do país, Riek Machar, informou o porta-voz das Forças Armadas sul-sudanesas, Philip Aguer.

Entre os mortos constam 24 rebeldes e cinco membros do Exército, disse Aguer em entrevista coletiva concedida na sede das Forças Armadas sul-sudanesas, em Juba.

O porta-voz militar responsabilizou os rebeldes de terem iniciado os conflitos com um ataque na zona de Duk Duk, no nordeste do país, perto da fronteira com o Sudão.

Segundo Aguer, o Exército repeliu o ataque, capturou dois rebeldes e confiscou várias armas antes das milícias de Machar se retirarem rumo ao norte, o que permitiu ao Exército controlar a zona.

Para o porta-voz das Forças Armadas, o ataque foi comandado pelo antigo membro da Guarda Republicana, que participou da revolta na noite do dia 15 de dezembro, Peter Lim.

No fim de semana passado, ambas as partes assinaram um acordo de cessar-fogo na capital da Etiópia, Adis Abeba, o que não impediu os a realização dos confrontos.

No domingo, ambos firmaram um programa para desenvolver o acordo de trégua, o que foi classificado pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (Igad), que intermedia as negociações, como “passo vital” para dar fim ao conflito no país.

Depois dos últimos combates, a Igad acusou ambas as partes de terem violado o cessar-fogo.

O primeiro-ministro da Etiópia e atual presidente da Igad, Hailemariam Desalegn, ameaçou no fim de semana impor novas sanções ao governo e aos rebeldes se “o ponto morto no qual se encontra o acordo de paz” não for resolvido.

Apesar das tréguas seladas anteriormente, os confrontos no país continuam desde o dia 15 de dezembro de 2013, quando aconteceram os primeiros combates entre o Exército e os militares insurgentes na capital. EFE

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