Conflito na RDC deixa 6 soldados mortos e 3 soldados da missão da ONU feridos
Kinshasa, 30 abr (EFE).- Confronto entre rebeldes da Aliança por um Congo Livre e Soberano (APCLS) deixou seis soldados das Forças Armadas da República Democrática do Congo (RDC) e um civil mortos nesta quarta-feira, e outros três soldados da missão da ONU feridos.
Os capacetes azuis, como são chamados os militares que fazem parte da organização, podem ser do contigente indiano da Monusco.
Os milicianos da APCLS atacaram os soldados em Nyiabondo, na província de Kivu do Norte, a cerca de 70 quilômetros da capital, Goma, segundo o porta-voz militar da Monusco, o coronel Felix-Prosper Basse.
A ONU acusou os insurgentes de terem aberto fogo sobre a população civil, o que fez com que centenas de famílias buscassem refúgio nas instalações da Monusco.
Os rebeldes do APCLS e as Forças Armadas da RDC se enfrentam de forma regular há vários meses, explicou o porta-voz da Monusco.
Em março o exército congolês tomou o quartel-general desta milícia, liderada por Janvier Karairi, ao norte de Nyiabondo.
A Aliança por um Congo Livre e Soberano disputa desde 2008 a terra e a presença de tutsis de origem ruandesa em Kivu do Norte, e negam o direito de eles serem congoleses.
Ruanda invadiu o leste da RDC em 1998 com o apoio do Agrupamento Congolesa para a Democracia, grupo integrado principalmente por tutsis congoleses de origem ruandesa, com o argumento de combater o grupo rebelde hutu Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR).
Embora o governo da RDC e o principal grupo rebelde congolês, o Movimento 23 de Março (M23), tenham assinado em dezembro um acordo de paz, vários grupos insurgentes operam ainda no leste do país, região que faz fronteira com Ruanda e Uganda e possui grande riqueza mineral. EFE
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