Conflito no Sudão do Sul já deixou mais de 2 milhões de refugiados
Genebra, 2 jun (EFE).- O conflito no Sudão do Sul obrigou mais de dois milhões de pessoas a abandonarem suas casas ou fugirem para países vizinhos, informou nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
O Acnur contabilizou 550 mil pessoas que cruzaram a fronteira e se refugiaram em outros países da região, e 1,5 milhão que estão deslocados no próprio país.
A onda de deslocamentos mais recente ocorreu nos últimos dois meses, provocada principalmente pelos combates nos estados de Alto Nilo e Unity, que obrigaram a fuga de cem mil pessoas. Esses confrontos também bloquearam o acesso da ajuda humanitária a 650 mil pessoas.
Desde o início do ano, cerca de 60 mil sul-sudaneses fugiram do país e se refugiaram no Sudão (30 mil), na Etiópia (15 mil) e em Uganda (15 mil). O Acnur denunciou que 3,8 milhões dos 11 milhões de sul-sudaneses não têm comida suficiente para se alimentar.
Com a insegurança e a precariedade alimentícia, o Acnur se prepara antecipadamente para o provável aumento do número de refugiados. Apesar desta situação, a ajuda humanitária para os refugiados sul-sudaneses possui apenas 10% dos recursos que necessita.
O Sudão do Sul registra um conflito armado desde dezembro de 2013 entre as forças leais ao atual presidente Salva Kiir e os rebeldes fiéis a Riek Machar, deposto um ano antes, que já causou milhares de mortes. EFE
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