Confronto junto ao parlamento de Kiev deixa 100 militares e policiais feridos
Kiev, 31 ago (EFE).- Quase 100 militares e policiais ficaram feridos nesta segunda-feira em consequência de uma explosão junto à sede do parlamento da Ucrânia durante confrontos entre as forças de segurança e um grupo de manifestantes radicais, informaram as autoridades.
Os radicais, de acordo com a imprensa local, lançaram uma bomba contra o cordão policial que protegia o parlamento pouco depois de o Legislativo aprovar uma reforma constitucional para descentralizar o país.
Dois dos militares feridos estão em estado grave, apontou a Guarda Nacional da Ucrânia, corpo de segurança militarizado vinculado ao Ministério do Interior.
O correspondente da agência local “Interfax” Ukraini informou que um dos policiais perdeu as duas pernas.
O chefe da polícia de Kiev, Aleksandr Tereschuk, informou que o homem que jogou a granada contra os agentes de segurança já foi detido e está sendo identificado.
“Tenho informação sobre mortos, meninos que estão velando pela ordem pública em Kiev”, disse o prefeito de Kiev, Vitali Klitshcko, em entrevista à televisão ucraniana “112 Ukraina”, o que ainda não foi confirmado por outras fontes.
“A provocação junto à Rada Suprema (parlamento) deu resultado! Acabam de lançar uma granada contra os militares que protegem a Rada”, publicou no Facebook o deputado ucraniano Anton Gueraschenko.
A praça da Constituição está envolvida em fumaça, enquanto os radicais continuam lançando bombas de fumaça, garrafas e paralelepípedos contra o cordão policial.
Os enfrentamentos entre as forças de segurança e os manifestantes nacionalistas começaram depois da aprovação, em primeira leitura, da reforma constitucional sobre a descentralização do país.
A descentralização é um dos pontos dos acordos de Minsk para a solução do conflito nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk.
Os radicais, que se concentraram junto ao parlamento no começo da manhã, protestam pela disposição transitória sobre um “regime especial de autogoverno em determinadas áreas das regiões de Donetsk e Lugansk”.
Embora as emendas, propostas pelo presidente Petro Poroshenko, não incluírem a concessão de um status especial às zonas controladas pelas milícias separatistas pró-russas, os setores nacionalistas as consideram uma concessão inadmissível aos rebeldes. EFE
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