Confrontos deixam 59 mortos no norte de Aleppo
Beirute, 17 fev (EFE).- O exército da Síria iniciou nesta terça-feira uma operação ao norte da cidade de Aleppo para bloquear uma das principais vias de abastecimento dos rebeldes, que faz ligação com a Turquia, e onde 59 pessoas morreram, segundo ativistas.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que pelo menos 39 insurgentes e 20 soldados do governo perderam a vida nos combates desde a madrugada passada.
O opositor Marwan Salem disse à Agência Efe pela internet que a chamada estrada de Castelo está bloqueada devido aos confrontos entre os rebeldes e os seguidores do regime.
O Observatório afirmou que as autoridades tomaram o controle dos povoados de Bashkuai e Raitan, próximos a essa estrada, nesta terça-feira.
Segundo a ONG, na região ocorrem confrontos entre soldados apoiados por milicianos do grupo xiita libanês Hezbollah, as brigadas palestinas Al Quds, combatentes xiitas iranianos e afegãos, e membros da Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria, além de outras facções.
Salem informou que os combates se concentram nos arredores de Bashkaui e se estendem até Raitan e Hardatanin. O ativista acrescentou, que com esse ataque, o exército também pretende romper o cerco insurgente nas localidades de Nubul e Zahra, de maioria xiita e localizadas ao norte de Aleppo.
O porta-voz da brigada Deraa al Uma de Aleppo do Exército Livre Sírio (ELS), Abdullah al Asani, ressaltou que a Frente al Nusra e o Movimento dos Livres de Sham enviaram reforços à periferia norte de Aleppo.
A ofensiva das forças armadas faz parte dos esforços das autoridades para cercar os rebeldes que se encontram em Aleppo e bloquear suas vias de abastecimento.
Maior cidade do norte da Síria, Aleppo foi alvo de uma grande ofensiva dos opositores em julho de 2012 e de grandes operações posteriores, o que os permitiu dominar amplas partes da cidade, embora não tenham conseguido tomar o controle total do local.
Mais de 200 mil pessoas morreram na Síria desde o começo do conflito, em março de 2011, segundo a ONU. EFE
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