Confrontos durante protestos islamitas no Egito deixa 3 mortos
Cairo, 7 mar (EFE).- Pelo menos três pessoas morreram e 28 ficaram feridas nesta sexta-feira em confrontos durante os protestos dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi no Egito, informou o Ministério da Saúde.
As três mortes aconteceram no Cairo, onde pelo menos 23 feridos foram transferidos para o hospital, segundo uma nota do Ministério divulgada pela agência estatal de notícias “Mena”.
As outras províncias que tiveram feridos foram Fayum, Sharqiya e Alexandria.
Os choques mais duros entre os manifestantes e as forças de segurança aconteceram na praça Alf Maskan, no nordeste do Cairo , onde vários veículos policiais foram incendiados com coquetéis molotov.
Além disso, agentes antidistúrbios dispersaram com gás lacrimogêneo uma manifestação que começou depois da reza do meio-dia no bairro de Sidi Bishr, no leste de Alexandria, onde foram detidas dez pessoas e os manifestantes gritaram palavras de ordem contra as Forças Armadas e a Polícia.
Novos protestos foram dissolvidos pelas forças de segurança nas cidades de Al Arish e Al Ismailiya, no nordeste do país, e em Al Fayum, segundo a agência.
Uma nova semana de manifestações foi convocada ontem pela Aliança Nacional para a Defesa da Legitimidade, que agrupa a Irmandade Muçulmana e outra facções islamitas, sob o lema “sionistas e Estados Unidos não nos governarão”.
Nesse sentido, a coalizão apontou em comunicado que não aceitará um candidato nas próximas eleições presidenciais, ainda sem data, que “apoie Israel e EUA”.
O Egito é cenário de manifestações e de uma escalada dos ataques terroristas desde que Mursi foi derrubado por um golpe militar em 3 de julho, enquanto as autoridades continuam reprimindo os membros e dirigentes da Irmandade Muçulmana e os acusam de terrorismo. EFE
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