Confrontos em Benghazi matam 8 milicianos pró-governo reconhecido
Trípoli, 29 mar (EFE).- Oito milicianos defensores do governo reconhecido internacionalmente na Líbia morreram em confrontos com as milícias islamitas leais ao governo rebelde em vários bairros de Benghazi, segundo informou neste domingo uma fonte das forças de segurança da cidade.
De acordo com a fonte, cinco milicianos da brigada de “Al Saiqa 36”, aliada a forças do general Khalifa Hafter, morreram nos combates entre suas forças e milícias islamitas de “Maylis al Shura” e “Zuar de Benghazi” no sábado, no bairro de Al Laithi, enquanto outro miliciano perdeu a vida no de Al Sabri.
Outros dois milicianos de Hafter – chefe do exército controlado de Tobruk – morreram e três ficaram feridos após um atentado ocorrido na cidade de Suq al Hut.
Há um ano, a cidade de Benghazi é palco de confrontos que empobreceram a população desde que, em maio de 2014, Hafter iniciou uma ofensiva, com carros de combate, artilharia pesada e aviação do exército líbio, para tentar tomar a cidade.
Segundo dados da Cruz Vermelha em Benghazi, 21 mil famílias abandonaram suas casas nos últimos dias na segunda maior cidade do país e se refugiaram em regiões vizinhas devido à guerra e à instabilidade.
A Líbia é vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional e as forças da Otan contribuíram para derrubar o regime ditatorial de Muammar Kadafi.
Desde as últimas eleições, dois governos, um rebelde em Trípoli e outro reconhecido em Tobruk, lutam pelo controle do país apoiados por milícias islamitas, ex-membros do antigo regime, líderes tribais e traficantes de armas, pessoas, drogas e petróleo. EFE
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