Confrontos em protesto contra governo elevam número de mortos a 37 na Venezuela
Estudantes e policiais entraram em confronto novamente na quinta-feira em Caracas, que vive seu segundo mês de protestos, deixando dezenas de feridos e matando um homem de 33 anos.
“Somos estudantes, não terroristas!” afirmava a massa de manifestantes enquanto marchava pelas ruas de Caracas, muitos com máscaras de gás para enfrentar o armamento da polícia. Com os eventos de ontem, a contagem de mortos chega a 37 desde que a nova onda de protestos começou.
Os confrontos terminaram em disparos no subúrbio de El Tigre, no sudeste de Caracas. Juan Lopez, um líder estudantil, foi atingido e faleceu. Outros três indivíduos ficaram feridos. Relatos preliminares afirmam que o atirador alvejou Lopez no final dos protestos e depois fugiu de moto.
Mais cedo, autoridades anunciaram a morte de um policial de 38 anos no Estado de Carabobo. Ele foi alvejado durante um protesto na quarta-feira e não resistiu aos ferimentos.
Os manifestantes querem uma eleição presidencial imediata. O presidente Nicolás Maduro acusa a oposição de tentar um golpe de Estado e respondeu com uma iniciativa para reescrever a constituição.
Ontem, durante uma visita a uma exposição de agricultores, Maduro repetiu seu apelo por uma Assembleia a ser criada para decidir o futuro do país “pelos próximos 50 anos”.
A pressão internacional tem crescido para que o presidente realize eleições. Um grupo bipartidário de senadores norte-americanos enviou uma carta ao presidente Donald Trump pedindo que ele estude novas sanções contra indivíduos responsáveis por violações de direitos humanos e por novas medidas para entrega de ajuda humanitária. Oito países latino-americanos emitiram um comunicado criticando o excesso de uso de força pela polícia contra os manifestantes.
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