Confrontos entre narcotraficantes e indígenas deixa 6 mortos no México

  • Por Agencia EFE
  • 26/05/2015 20h04
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Morelia (México) 26 mai (EFE).- Uma série de confrontos entre narcotraficantes e índios da etnia nahua deixou seis mortos e quatro feridos no litoral do estado de Michoacán, no oeste do México, informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

A promotoria de Michoacán indicou em comunicado que duas das vítimas são indígenas, enquanto as outras quatro pertencem ao cartel “Cavaleiros Templários”, liderado no litoral do estado por Federico González, conhecido como “Lico”.

O primeiro enfrentamento ocorreu na manhã de ontem. Pelo menos seis companheiros de “Lico” fizeram uma emboscada contra Semeí Verdía Zepeda, chefe do grupo de autodefesa de Santa Maria Ostula, do município de Aquila, responsável por dirigir a luta do povoado contra os narcotraficantes.

O ataque ocorreu em uma estrada que une Aquila com a cidade de Chinicuila, quando Zepeda viajava com membros de seu grupo em duas caminhonetes. Um dos ocupantes acabou ferido.

Depois disso, o chefe do grupo de autodefesa foi atrás de seus agressores nas montanhas da Sierra Madre del Sur, iniciando outro enfrentamento à noite, no qual morreu líder indígena Reginaldo Rodríguez Flores.

Zepeda e seu grupo encontraram na madrugada de hoje os narcotraficantes em uma caverna, promovendo mais um tiroteio na sequência. No novo confronto, quatro dos homens de Lico e um indígena morreram.

Em dezembro do ano passado, os “Cavaleiros Templários” tentaram assassinar Zepeda, mas confundiram o veículo em que ele estava com outro no qual viajava um dirigente local e quatro familiares que ficaram feridos na ação.

Em 2013, moradores de vários municípios de Michoacán usaram armas para se defender do cartel por causa da ineficiência das autoridades estaduais. Isso gerou uma onda de violência que provocou a intervenção do governo federal.

Na última sexta-feira, Michoacan foi palco de um confronto entre membros do cartel Jalisco Nova Geração e a Polícia Federal em um rancho do município de Tanhuato, deixando 43 mortos. EFE

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