Confrontos no aniversário da revolução egípcia já registram 7 mortes

  • Por Agencia EFE
  • 25/01/2014 14h28

Cairo, 25 jan (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram e 47 ficaram feridas neste sábado em confrontos durante o terceiro aniversário da revolução de 25 de janeiro que derrubou Hosni Mubarak em 2011 no Egito, informou o Ministério de Saúde egípcio.

Segundo um comunicado desse departamento, três pessoas morreram no Cairo, duas na província vizinha de Guiza e duas na de Minia, no sul do país, enquanto também houve enfrentamentos entre a polícia e os manifestantes que deixaram feridos em outras partes do Egito.

Por sua parte, a televisão estatal declarou que 139 pessoas foram detidas depois que as forças de segurança enfrentaram islamitas que se manifestavam no Cairo.

Já na cidade mediterrânea de Alexandria, a polícia deteve 35 pessoas, enquanto quatro pessoas ficaram feridas nos choques.

Além disso, oito membros da Irmandade Muçulmana e do movimento juvenil 6 de Abril foram detidos na cidade de Mansura, no delta do rio Nilo, acrescentou a televisão.

Agentes antidistúrbios da polícia egípcia dispersaram hoje com violência vários protestos da confraria e seus aliados islamitas em diferentes pontos do Cairo, disseram à Efe fontes de segurança.

A polícia utilizou gás lacrimogêneo contra os manifestantes que tinham partido da mesquita Al Salam, no distrito cairota de Cidade Nasser, depois que estes interromperam o tráfego.

Também foram usadas bombas de gás e balas de borracha no bairro de Mohandisin (oeste do Cairo), perto da mesquita de Mustafa Mahmoud, um dos principais locais de concentração dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi.

Já em Zaytun, no leste da capital, moradores da região enfrentaram manifestantes islamitas, acrescentou a fonte.

As fontes acrescentaram que a polícia dispersou pela força os manifestantes do 6 de Abril que tentavam dirigir-se à Praça Tahrir.

Frente aos protestos dos islamitas, que estão sendo reprimidos pela polícia, milhares de manifestantes já estão reunidos na Praça Tahrir entre fortes medidas de segurança em resposta à chamada das autoridades para celebrar o terceiro aniversário da revolução. EFE

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