Congressista democrata pede impeachment de Donald Trump

  • Por EFE
  • 15/05/2017 15h16
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WAS01 WASHINGTON DC (ESTADOS UNIDOS) 11/04/2017.- El presidente estadounidense, Donald J. Trump, participa en un debate sobre políticas y estrategia con presidentes de compañías en la Biblioteca del Departamento de Estado en Washington DC (Estados Unidos) hoy, 11 de abril de 2017. EFE/Olivier Douliery / Pool EFE/Olivier Douliery Donald Trump - EFE

O representante democrata pelo Texas, Al Green, se tornou nesta segunda-feira (15) o primeiro congressista dos Estados Unidos a pedir o impeachment do presidente do país, Donald Trump. A medida foi tomada após a surpreendente demissão do ex-diretor do FBI James Comey e as investigações sobre a interferência russa nas eleições de 2016.

Green explicou em coletiva de imprensa em Houston que as últimas semanas do presidente norte-americano são dignas de investigação pela Câmara dos Representantes, da qual ele faz parte, e solicitou aos colegas legisladores que apoiem seu pedido.

O representante texano insistiu que “ninguém deve estar acima da lei” de acordo com a Constituição americana, nem o atual presidente. Segundo Green, Trump cometeu com a decisão de demitir Comey um ato “impugnável” e a Câmara dos Representantes deve apresentar acusações.

“Cometeu um ato impugnável e devem ser apresentadas acusações contra ele. Não fazer isso acarretaria que alguns americanos perdessem o respeito e a obediência em relação a certas normas sociais”, comentou o congressista.

Para Grenn, a razão pela qual Trump deve ser submetido a um processo de impeachment é a “obstrução de uma investigação legal sobre os laços de sua campanha com a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016”.

Green ressalta que o fato de Trump ter executado a demissão quando Comey liderava tal investigação, ciente de seus avanços, é razão suficiente para este processo, assim como o fato de o governante ter ameaçado Comey pelo Twitter com a publicação de fitas das conversas entre ambos.

Na semana passada foi gerada uma tormenta política sobre a Casa Branca, após Trump demitir o agora ex-chefe do FBI alegando recomendações do procurador-geral, Jeff Sessions, e do vice-procurador-geral, Rod Rosenstein.

As comparações com o “caso Watergate” foram inevitáveis, já que em 1973 o então presidente, Richard Nixon, também demitiu o procurador que o estava investigando sobre suas supostas escutas instaladas no Comitê Nacional Democrata, caso que finalmente levou o governante a renunciar.

No caso de Trump, os republicanos, que têm a maioria em ambas as câmaras do Congresso, são reticentes a permitir uma investigação independente sobre o ocorrido, mas a falta de coerência no relato do ocorrido por parte da Casa Branca estão afundando o governo.

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