Congressista republicano que comparou Obama a Hitler se desculpa por tweet

  • Por Agencia EFE
  • 13/01/2015 23h08

Washington, 13 jan (EFE).- O congressista republicano Randy Weber se desculpou nesta terça-feira por um tweet em que afirmou que até Adolf Hitler considerou mais importante “ir a Paris” do que o presidente americano, Barack Obama, por ele não ter participado da manifestação contra o terrorismo no domingo na capital francesa.

“Inclusive Adolph (sic) Hitler achou que era mais importante ir a Paris do que Obama (por razões equivocadas). Obama não foi capaz de fazê-lo pelas razões corretas”, escreveu Weber na segunda-feira à noite em sua conta oficial no Twitter.

O congressista pelo Texas, conhecido por sua fervorosa oposição a Obama, recebeu gerou críticas imediatas de políticos democratas e de meios de comunicação, que condenaram a comparação com a visita de Hitler a Paris em 1940, durante a ocupação nazista da França na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Em comunicado hoje, Weber pediu “desculpas a todos os ofendidos” por seu tweet.

“Não era minha intenção trivializar o Holocausto, nem comparar o presidente a Adolf Hitler. A menção a Hitler tinha como objetivo representar o rosto do mal que continua existindo hoje no mundo”, acrescentou Weber.

Antes do pedido de desculpas se tornar público, o congressista democrata Steve Israel qualificou a mensagem de Weber de “vil” e afirmou que “profana (a memória de) as vítimas do Holocausto, e os líderes do Congresso devem condená-lo”.

Josh Schwerin, porta-voz do Comitê Democrata de Campanhas para o Congresso, disse por sua vez que a comparação é “mais do que desprezível e insultante” e pediu que os líderes republicanos do Congresso “condenem o congressista Weber e sua versão tóxica da política”.

Um porta-voz do presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, reconheceu também que as declarações de Weber foram “inapropriadas”.

Quem não quis fazer comentários sobre o tweet de Weber foi o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, que na segunda-feira admitiu que o governo “deveria ter enviado alguém de mais alto perfil” à manifestação em Paris.

Earnest deu razão às críticas provocadas pela representação dos Estados Unidos no evento ter sido somente da embaixadora americana na França, Jane Hartley, em vez de contar com a presença de Obama, do vice-presidente Joe Biden ou de outro alto funcionário.

O congressista Weber já gerou polêmica ano passado ao afirmar que Obama é um “ditador socialista” em outro tweet. EFE

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