Congressistas criticam GM com dureza por defeito do sistema de ignição

  • Por Agencia EFE
  • 18/06/2014 18h52
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Washington, 18 jun (EFE).- A conselheira delegada da General Motors (GM), Mary Barra, enfrentou nesta quarta-feira uma dura sessão de perguntas e críticas no Congresso americano sobre as ações da companhia em relação ao defeito do sistema de ignição que causou pelo menos 13 mortes na América do Norte.

Barra compareceu hoje junto com o ex-procurador-geral dos Estados Unidos Anton Valukas, autor do relatório interno que identificou os problemas da General Motors que provocaram o atraso na chamada à revisão, perante o comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, em Washington.

“Isto não é só um problema empresarial. Este é um problema trágico que nunca deveria ter acontecido. E não pode acontecer de novo”, testemunhou Barra.

Mas os representantes deixaram claro sua desconfiança com a companhia, que neste ano chamou para revisão 20 milhões de veículos no mundo todo.

O republicano Fred Upton revelou um e-mail no qual uma empregada da GM, Laura Andrés, advertiu em 2005 a companhia de que o Chevrolet Impala 2006 tinha problemas com o sistema de ignição.

Precisamente na segunda-feira, este modelo foi chamado para revisão em uma iniciativa que afeta 3,16 milhões de veículos, pelo mesmo defeito no sistema de ignição que em fevereiro provocou a chamada de 2,6 milhões de unidades, o que iniciou a atual crise da companhia.

A crise do sistema de ignição começou em fevereiro, quando a GM chamou para revisão 2,6 milhões de veículos afetados por um defeito que permite que a chave de acesso seja colocada de forma inesperada e involuntária em posição de desligado quando o veículo está em funcionamento.

O apagão do motor também desativa uma série de sistemas dos veículos afetados, incluindo os airbag.

Documentos da GM revelaram que a companhia conhecia a existência do defeito desde há uma década, mas apesar disso ignorou o problema até este ano.

Barra, que chegou ao posto em 15 de janeiro, disse aos congressistas não temer “a verdade” e que é o momento de “insistir na total responsabilidade e assegurar que informação vital é compartilhada em todas as funções de nossas companhia”.

Barra também revelou que Ken Feinberg, que é responsável pela implementação do programa de forma independente para a empresa, entregou à GM um projeto de parâmetros que nortearão o programa.

A conselheira delegada da GM acrescentou que Feinberg revelará os detalhes do programa no final deste mês. EFE

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