Congressistas dos EUA dizem que há “evidências” de bomba em avião russo

Destroços do avião russo que caiu na Península do Sinai Avião russo cai no Egito matando 224 pessoas

Vários congressistas dos Estados Unidos, entre eles o presidente do comitê de Segurança Nacional da Câmara dos Representantes, afirmaram neste domingo que todas as “evidências” indicam que uma bomba colocada pelo Estado Islâmico (EI) foi a causa da queda de um avião russo no Egito no dia 31 de outubro.

“Quando se junta a tecnologia de satélite, o calor do avião, o fato de o EI ter declarado guerra à Rússia, e um avião russo com destino à Rússia, além de nossa informação de inteligência e do Reino Unido, acho que tudo indica que foi o EI que colocou a bomba”, declarou Michael McCaul, republicano pelo Texas, em um programa da emissora “FOX”.

O congressista pelo Texas ressaltou que todos esses elementos fazem com que “haja um alto nível de confiança de que foi uma bomba terrorista que explodiu o avião”.

McCaul expressou “grande preocupação, não só em relação às companhias aéreas russas, mas aos voos com destino aos Estados Unidos”.

Em linha similar se expressaram os legisladores Adam Schiff, da Califórnia e principal democrata no comitê de Inteligência da câmara, e Peter King, republicano de Nova York do mesmo comitê.

Ambos afirmaram à emissora “ABC” que há “um crescente conjunto de informação e evidência” de que se tratou de uma bomba, embora a investigação ainda ão tenha terminado.

Ao longo da semana, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, indicou que era cada vez “mais provável” que o acidente do Airbus A321 russo que causou a morte de 224 pessoas tenha sido causado por um ataque terrorista, e o próprio presidente americano Barack Obama reconheceu a “possibilidade” de haver uma bomba a bordo.

O avião russo caiu no norte da Península do Sinai após decolar da turística cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, e tinha como destino São Petersburgo.