Congresso do Clima da ONU termina em tom otimista
Berlim, 15 jun (EFE).- O Congresso do Clima da ONU terminou neste domingo em Bonn, após duas semanas de sessões que reuniram 1.900 representantes de 182 países, com uma mensagem de otimismo frente à Cúpula Mundial do Clima convocada para dezembro em Lima.
“A gestão das cidades e o uso mais inteligente da terra devem contribuir para uma ação comum mais coordenada frente à mudança climática”, afirma o documento final, divulgado hoje pela organização.
O comunicado pede aos governos que se esforcem para conseguir compromissos ambiciosos na seguinte grande reunião climática, a Cúpula de Paris, em 2015, doe deverá aprovar um novo Protocolo que substitua o de Kioto.
Além disso, se propõe ao estamento político a acelerar os processos de discussão internos para que a minuta resultada das sessões desses dias se transforme em documento de trabalho já na reunião seguinte de Bonn, prevista para outubro.
A essas duas rodadas de sessões na antiga capital federal alemã, no oeste do país, em ambos os casos com a presença de ministros, secretários de Estados e especialistas, seguirá a Cúpula de Lima, considerada fundamental para que a de Paris se fechamento com sucesso.
“Restam alguns meses que devem ser aproveitados para chegar a Paris com os trabalhos avançados”, apontam os copresidentes do grupo de Trabalho do congresso de Bonn, Kishan Kumarsingh e Artur Runge-Metzger.
“O ambiente positivo e o espírito de cooperação evidenciados aqui, em Bonn, devem se transformar agora em passos significativos e elementos concretos para as discussões de Lima”, diz o texto.
O objetivo, em médio prazo, é poder aprovar na seguinte grande reunião, a escala de líderes mundiais, da capital francesa um novo protocolo que “proteja o planeta e sua população dos perigos da mudança climática”.
As jornadas de Bonn começaram no dia 4 com o propósito de obter avanços no compromisso mundial com a redução de emissões dos gases que provocam o efeito estufa, com atenção nas duas mencionadas cúpulas, em Lima e Paris.
As quase duas semanas de intervenções foram abertas, pela primeira vez neste tipo de evento, com uma rodada de ministros, o que já foi avaliado como a evidência da vontade política de ir à frente das meras sessões consultivas.
Parte das esperanças estão depositadas na nova atitude dos Estados Unidos, cujo presidente, Barack Obama, avançou dias atrás um plano para reduzir as emissões de dióxido de carbono em 30% para 2030 nas centrais termoelétricas do país, com relação ao ano 2005.
Segundo o programa do congresso climático, entre a reunião de outubro em Bonn e a Cúpula da capital peruana será realizada outra reunião intermediária em Nova York, convocada a pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e à qual espera-se que vão vários chefes de Estado e de governo.
A expectativa é de que Cúpula do Clima de Paris alcance um novo acordo mundial sobre redução de emissões que entre em vigor em 2020 para substituir o Protocolo de Kioto, cuja vigência termina esse ano. EFE
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