Conselho de Segurança da ONU analisará fenômeno de terroristas estrangeiros

  • Por Agencia EFE
  • 03/09/2014 17h12

Nações Unidas, 3 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança da ONU para analisar os novos desafios relacionados com o terrorismo, como o recrutamento de estrangeiros por grupos radicais.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, anunciou nesta quarta-feira em entrevista coletiva que a reunião de chefes de Estado e de governo ocorrerá no dia 25 de setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

A embaixadora disse que pretende chamar a atenção internacional para promover ações contra “o crescimento e o perigo que representa o fenômeno dos terroristas estrangeiros”, algo que foi visto recentemente nas ações do Estado Islâmico (EI) nos conflitos na Síria e no Iraque.

A diplomata americana fez o anúncio em entrevista coletiva na sede da ONU durante a apresentação do programa do Conselho de Segurança para setembro, cuja presidência rotativa passou para os Estados Unidos no início deste mês.

Samantha disse que esses estrangeiros participam de ações “brutais” nos lugares para os quais viajam e depois “voltam para casa” com uma radicalização política ainda maior.

Com a cúpula, acrescentou, os Estados Unidos vão buscar a cooperação internacional para prevenir as viagens de terroristas para outros países e aprofundar o papel da ONU nesse tema.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aceitou um convite para participar dessa cúpula do Conselho de Segurança.

A reunião parte do “entusiasmo” que existe no principal órgão de decisões da ONU para tratar desse fenômeno e das várias opiniões da comunidade internacional para analisá-lo.

“Está claro que os governos de cada nação têm que fazer mais (sobre esse tema), levando em consideração como aconteceu o desenvolvimento desse fenômeno dos terroristas internacionais”, disse Samantha que, no entanto, acrescentou que se houverem decisões multilaterais será possível abrir caminho para que essas medidas sejam adotadas em cada nação.

São necessárias “muitas medidas”, insistiu a diplomata, que acrescentou que acredita que o Conselho de Segurança da ONU vai aprovar nessa reunião uma resolução para estabelecer os princípios multilaterais. EFE

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