Conselho de Segurança da ONU votará acordo com o Irã na próxima segunda-feira

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 00h27
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Nações Unidas, 16 jul (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU votará na próxima segunda-feira a resolução que ratificará o acordo nuclear firmado entre o Irã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido, mais Alemanha), abrindo as portas para o fim de boa parte das sanções impostas à República Islâmica.

A votação está prevista para ocorrer às 9h locais de segunda-feira (10h em Brasília), informou nesta quinta-feira a presidência rotativa do órgão de segurança das Nações Unidas.

O texto, redigido pelos Estados Unidos em nome do Grupo 5+1 e da União Europeia (EI), estabelece que sete resoluções da ONU sobre o Irã serão suspensas assim que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) verificar que o país completou certas medidas incluídas no pacto.

Isso representará o fim de parte das sanções impostas pela ONU, mas não todas. O embargo de armas imposto ao país, por exemplo, será mantido pelos próximos cinco anos. Já a proibição de produção de equipamentos para o programa de mísseis balísticos prossegue até 2023, segundo a resolução.

Além disso, será incluído um mecanismo para que as sanções sejam restabelecidas de forma automática caso o Irã não cumpra com as medidas incluídas no acordo firmado em Viena.

O texto deve ser aprovado sem dificuldades, pois conta com o apoio dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – EUA, China, Rússia, França e Reino Unido -, que participaram diretamente das negociações e são os únicos a possuírem poder de veto.

Os EUA distribuíram na quarta-feira o projeto de resolução aos demais países do principal órgão de decisão da ONU, que hoje repassaram o documento para seus analistas.

O Irã, de um lado, e o Grupo 5+1, pelo outro, chegaram na última terça-feira a um acordo histórico sobre o programa nuclear da República Islâmica após quase dois anos de negociações.

O tratado firmado em Viena entrará em vigor 90 dias depois da adoção da resolução do Conselho de Segurança. EFE

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