Conselho de Segurança estuda criar resolução sobre queda de MH17

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2014 17h24

Nações Unidas, 20 jul (EFE).- A Austrália apresentou neste domingo ao Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução para exigir que seja dado acesso à área da queda do voo MH17 da Malasya Airlines no leste da Ucrânia e que seja iniciada uma investigação internacional.

As potências ocidentais criticam os impedimentos colocados pelas milícias pró-russas e por Moscou à investigação e ao acesso aos destroços do avião.

O texto foi enviado aos outros 14 membros do Conselho, que se pronunciará sobre o assunto na semana que vem.

A França, através de uma mensagem publicada pelo Twitter do embaixador, Gérard Araud, já apoiou a iniciativa, que precisaria do aval da Rússia para seguir adiante.

Sexta-feira, em reunião de urgência, o Ocidente e a Rússia deixaram claras as diferenças de abordagem e percepção em torno da tragédia, com os Estados Unidos e seus aliados responsabilizando os rebeldes ucranianos e com a Rússia culpando às autoridades de Kiev por permitir que aviões civis sobrevoassem uma zona de conflito.

No entanto, as duas partes se uniram para aprovar uma breve declaração na qual se reivindicava uma “investigação internacional completa, exaustiva e independente e acesso imediato dos investigadores ao local do incidente”.

O texto foi respaldado por unanimidade, mas por não ser uma resolução, não tem caráter vinculativo.

Desde então a tensão aumentou entre as duas partes por causa dos obstáculos que as milícias pró-russas estariam pondo à investigação, o que foi denunciado durante o fim de semana pelas potências ocidentais à ONU.

Entre eles, a embaixadora americana, Samantha Power, denunciou nas redes sociais que os milicianos pró-russos retiraram corpos do local ameaçando com armas as equipes de emergências.

A Austrália, que perdeu 28 cidadãos no incidente, já tinha antecipado sua intenção de pedir ao Conselho de Segurança uma resolução, ao considerar que a declaração da sexta-feira é insuficiente.

A ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, viajou hoje para os Estados Unidos para liderar essa reivindicação e para se reunir em Washington com especialistas em segurança e inteligência. EFE

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