Conselho de Segurança estuda resolução para conter avanço jihadista
Nações Unidas, 9 ago (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU está estudando uma minuta de resolução apresentada pelo Reino Unido para condenar a ofensiva jihadista no Iraque e tentar enfraquecê-la cortando suas vias de financiamento.
O texto propõe congelar os ativos financeiros de vários líderes do Estado Islâmico (EI) e ameaça com sanções qualquer pessoa ou organização que forneça apoio à milícia islamita.
A minuta adverte que o EI está recrutando novos membros por meio da internet e redes sociais.
Além disso, encoraja os governos a propor listas de nomes com indivíduos e entidades que apoiam esse e outros grupos jihadistas para sua inclusão urgente no regime de sanções da ONU.
O texto também ordena a analistas das Nações Unidas a elaboração em um prazo de 90 dias de um relatório sobre a ameaça do EI e suas fontes de financiamento e de armas, junto a recomendações sobre como frear seu avanço.
A minuta britânica condena nos “termos mais duros os atos terroristas do EI e sua ideologia violenta extremista, incluindo seus graves, sistemáticos e generalizados abusos dos direitos humanos e violações da lei humanitária internacional”.
Neste sentido, lembra que os ataques que o grupo está realizando contra a população civil com base em sua origem étnica, religião ou crenças constituem um “crime contra a humanidade”.
O Conselho de Segurança, que já se reuniu nesta semana para analisar os últimos eventos no Iraque, poderia votar a proposta de resolução nos próximos dias.
Hoje, o presidente americano, Barack Obama, anunciou o êxito dos primeiros bombardeios seletivos contra posições do EI no norte do Iraque, mas reiterou a necessidade de se criar um governo de unidade no país.
Paralelamente, os EUA completaram duas rodadas de lançamento de comida e água para dezenas de milhares de refugiados isolados no monte Sinjar, uma ajuda humanitária apoiada pelos governos da França e Reino Unido, segundo confirmou Obama após falar hoje com o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. EFE
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