Conselho Federal tira obrigatoriedade de exame de proficiência a médicos

O Conselho Federal de Medicina decidiu proibir as entidades nos estados de obrigar os formandos a fazer exame de proficiência. De acordo com a resolução publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (15), os órgãos podem aplicar provas, mas sem caráter coercitivo.
A avaliação para os profissionais, a exemplo da Odem dos Advogados do Brasil, sempre foi cercada de polêmica e de briga na justiça. A medida atinge em cheio o Cremesp de São Paulo que aplica um exame, mas é obrigado a emitir o CRM, independente do desempenho do aluno.
Os defensores da prova falam em isonomia, ou seja, hoje apenas quem se forma fora do país precisam validar o diploma. O presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, considera a avaliação indispensável.
“É necessário um exame hoje para os médicos recém-formados para que eles possam ser habilitados para exercer a profissão. Isso porque existem inúmeras escolas médicas que dão uma formação muito deficiente a seus alunos; escolas que foram abertas de maneira inadequada, intempestiva até”, avalia Florisval, destacando o tisco à população.
O presidente da APM espera que o Cremesp de São Paulo recorra da decisão do Conselho Federal.
Já o diretor de saúde pública da Associação Médica Brasileira, Jorge Curi, analisa que independente de prova é preciso melhorar a qualidade dos cursos.
“É muito importante que se avalie o egresso da faculdade de medicina”, entende. Ele pede um “grande consenso das organizações para encontrar a forma de avaliação mais adequada e defedende uma avaliação progressiva durante o curso. Jorge Curi lamenta a má qualidade geral dos cursos no País.
Procurado pela reportagem da Jovem Pan, o Conselho Federal de Medicina não se pronunciou.
Informações de Thiago Uberreich
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