Conservadores e trabalhistas seguem igualados a cinco dias das eleições
Londres, 3 mai (EFE).- Conservadores e trabalhistas, os dois principais partidos britânicos, seguem muito igualados a quatro dias das eleições gerais, segundo as últimas enquetes publicadas neste domingo na imprensa britânica.
Uma pesquisa para os jornais “The Independent on Sunday” e “Sunday Mirror” outorga a ambas formações 33% do voto no pleito de 7 de maio, seguidos do eurofóbico UKIP, com 13% de apoio, o Partido Liberal Democrata, com 8%, e o Partido Verde, com 7%.
Em “The Observer”, uma pesquisa da Opinium situa os “tories” de David Cameron em primeiro lugar com 35%, seguidos de perto pelos trabalhistas de Ed Miliband com 34% e pelo Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), com 13%, contra 8% dos liberais-democratas e 5% dos verdes.
No último fim de semana antes das eleições, os líderes dos partidos reforçam seus argumentos e trocam acusações em uma tentativa de obter o máximo de apoios, visto que é improvável que alguma formação tenha a maioria absoluta.
As formações minoritárias em ascensão como o UKIP e o SNP escocês, que arrasa na Escócia, despontam como fundamentais para sustentar um possível governo de minoria de “tories” ou trabalhista, os únicos com opções de ganhar em nível nacional neste pleito.
Uma pesquisa separada no “The Sunday Times” relativa à Escócia confirma o auge do Partido Nacionalista Escocês (SNP) de Nicola Sturgeon nessa região antes dominada pelos trabalhistas.
Assim, o SNP, que só apresenta candidatos nesse território -por isso não é incluído nas enquetes nacionais-, obtém 49% do sufrágio, frente aos trabalhistas de Miliband, que teriam 25%, dos conservadores de Cameron, com 17%, e os liberais-democratas de Clegg, com 5%.
Pelo sistema eleitoral do Reino Unido, majoritário uninominal -sem representação proporcional do voto-, ganha uma cadeira em cada circunscrição o candidato mais votado, e em nível nacional o partido com mais cadeiras.
Este sistema favorece os partidos majoritários bem implantados -“tories”, trabalhistas e liberais-, capazes de apresentar um aspirante com chances de ganhar em cada demarcação eleitoral, enquanto, a não ser que obtenham alguma cadeira, o voto recebidos pelas formações pequenas ficam sem representação parlamentar. EFE
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