Conservadores iniciam corrida para nomear sucessor de Cameron no Reino Unido

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/06/2016 12h11
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EFE Boris Johnson

O Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron iniciou negociações para eleger o sucessor à liderança da legenda, sendo que esse será também oe stadista encarregado de negociar a saída do Reino Unido da União Europeia.

Em discurso feito após a votação, ocorrida na semana passada, Cameron, que apoiava a permanência do país no bloco, anunciou sua renúncia do cargo.

O primeiro a anunciar sua candidatura foi o secretário de Trabalho e Pensões, Stephen Crabb. Ele afirmou estar à disposição porque não vê “mais ninguém dar uma resposta convincente” sobre como unir um país dividido.

Crabb tem 43 anos, foi criado por uma mãe solteira e disse que gostaria de oferecer “resiliência, otimismo, humildade e determinação”. Muito embora ele tenha apoiado o “remain” no plebiscito, o político prometeu trabalhar numa “saída negociada” de Bruxelas.

O líder popular tem o apoio do secretário de Negócios Sajid Javid, que seria seu ministro das Finanças, numa chapa que teria dois representantes advindos da classe trabalhadora, num contraste com a candidatura do ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, um representante da elite do país que liderou a campanha pelo “Brexit” e é um dos favoritos a aceder ao posto.

Johnson, por seu lado, tem o apoio de diversos políticos de peso do Partido Conservador, como a Secretária do Meio Ambiente Liz Truss.

A Secretária do Interior Theresa May, que ficou ao lado do “permanecer” no pleito, também pode entrar na disputa. Tida como experiente e competente, Theresa pode ter apelo frente a muitos conservadores que desconfiam do jeito excêntrico e esnobe de Johnson, que também tem sido acusado de usar o plebiscito como um trampolim para suas ambições políticas.

Os conservadores precisam apresentar suas candidaturas até a próxima quinta-feira, quando os parlamentares da legenda reduzirão a lista para dois nomes. Estes serão submetidos a uma votação mais ampla, que deve anunciar um resultado apenas em setembro.

Paralelamente, o Partido Trabalhista também enfrenta uma crise de liderança após o líder da legenda, Jeremy Corbyn, anunciar que não acatará a derrota no voto de confiança passado pelos seus partidários. Corbyn perdeu por 172 votos a 40 nas prévias.

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