Cônsul do Brasil em Bruxelas descreve operação de guerra nas ruas: “aparato muito forte”

  • Por Jovem Pan
  • 21/11/2015 18h03
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Bruxelas passa por forte policiamento devido a risco de atentado

EFE Bruxelas passa por forte policiamento devido a risco de atentado

A capital da Bélgica, Bruxelas, vive durante este sábado (21) um estado máximo de alerta. O primeiro-ministro Charles Michel afirmou em comunicado que há risco iminente de atentados. Desta forma, a circulação do metrô foi interrompida, eventos foram cancelados e o comércio se manteve fechado. Em entrevista à Jovem Pan, o cônsul brasileiro Antonino Marques Porto explicou como está a situação no local.

Mantendo a cautela – assim como o governo – para não propagar notícias não-oficiais sobre as causas da elevação do alerta, que ainda não foram divulgadas, Antonino afirmou que Bruxelas está preparada para conter uma possível ameaça. “O aparato é realmente muito forte, impressionante e visível”, explicou sobre o que se vê nas ruas.

Ele reforçou que a ação vem de um esforço que contempla não só a polícia federal e local, mas forças de segurança em geral, “com equipamento de exército”. Porto ainda contou que mais de 170 hospitais estão “funcionando em esquema de plantão absoluto”.

O alerta deve ser mantido até domingo, quando o colegiado de segurança se reunirá para decidir os próximos passos, “às cinco horas (horário da Bélgica)”, segundo ele.

Brasileiros na Bélgica

Antonino calcula que há entre 30 e 40 mil brasileiros no país. Ele tranquiliza: “não há nenhuma notícia de membro algum da comunidade ter sido vítima ou objeto de ameaça”.

Da mesma forma, ele disse que, desde os atentados de Paris, o “sentimento de repulsa” é unânime entre a comunidade brasileira. O cônsul afirmou que, no Brasil, não há esse tipo de experiência, o que “cria muita dificuldade, é ruim e incômodo” para quem está lá.

Clima pós atentados em Paris

Embora ressalte que a Bélgica foi fortemente afetada pelos atentados em Paris, Antonino reforçou que não sente “nenhum fobismo com relação a alguma etnia” por parte do povo.

Segundo ele, como todo o mundo, o belga “se sente ameaçado e incomodado, indignado pelo o que aconteceu na França”.

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