Consumo cai pois famílias se preocupam com empregos, avalia presidente da Fecomercio-SP
Em entrevista a Denise Campos de Toledo no Jornal da Manhã desta segunda-feira, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, previu que 2015 “é um ano de precaução”.
Em relação à sua área, Szajman disse: “Nós estamos prevendo para 2015 um crescimento de 1% em relação ao faturamento real deste ano”. E esse número é pequeno, considera. “Vamos fechar este ano com um faturamento real em queda, o que é uma coisa com a qual não estávamos acostumados”.
Ainda assim, 2014 deve fechar com números piores. “O comércio está sofrendo revés”, avaliou. “Nós estamos prevendo uma queda de 1,5% em relação ao faturamento do ano anterior.”
Szajman propôs uma explicação: “O próprio consumo tem desacelerado e as famílias, mesmo com o endividamento caindo, têm retido o consumo porque têm se preocupado com o próprio emprego”, afirmou. “O próprio emprego no comércio varejista está crescendo muito pouco.”
Essa preocupação faz com que “as pessoas não queiram entrar em 2015 com dívidas” e retenham o consumo. “As pessoas estão adquirindo menos bens e, principalmente, menos bens duráveis”, calculou o presidente da Fecomercio-SP.
Para corrigir a rota da econômia do âmbito governamental, Szajman concorda com um prognóstico amargo e necessário. “Os últimos quatro anos foram quatro anos de gastos exagerados”, mediu. “De uma certa maneira, nós temos pagar o preço do que fizemos nos últimos quatro anos”, concluiu Abram Szajman.
Ouça a entrevista completa no áudio acima.
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