Continua busca por avião malaio e investigação de possível vínculo terrorista

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2014 22h23
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Bangcoc, 10 mar (EFE).- Equipes de nove nações continuam nesta segunda-feira as buscas nas águas do golfo da Tailândia pelo avião de Malaysia Airlines que desapareceu há dois dias com 239 pessoas a bordo, enquanto analisam o possível vínculo terrorista com o sumiço da aeronave.

Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã colaboram no rastreamento do aparelho em uma área no sul da ilha vietnamita Tho Chu, onde se acredita que o Boeing 777-200 pode ter caído se não tiver mudado de rumo, segundo informações das autoridades da Malásia.

A Malásia rastreia também águas do estreito da Malásia, por se o aparelho retornava quando desapareceu do radar.

Com mais 48 horas desde seu desaparecimento, ainda não há sinais do aparelho ou restos ou novos sinais do transmissor de emergência do avião.

A Agência Malásia de Segurança Marítima enviou ao laboratório dois exemplos de carburante recolhidos a 100 milhas náuticas de uma praia de Kelantan para checar se pode pertencer ao avião procurado.

O resultado deve estar pronto na tarde de segunda-feira, segundo os meios de comunicação malaios.

No domingo, o Ministério de Informação do Vietnã informou em seu site que um avião nacional de reconhecimento tinha avistado a cerca de 93 quilômetros ao sul de Tho Chu o que parecia, do alto, ser um fragmento da cauda e uma porta interior de um avião.

As operações aéreas de busca acontecem das 07h às 19h (local (20h do dia anterior a 11h de Brasília), enquanto o rastreamento de barco acontece por 24 horas.

Por outro lado, agências de inteligência de vários países participam de uma investigação que busca esclarecer a possível mudança de rumo que o avião pode ter feito, sem que o piloto comunicasse a torre, nem enviasse uma mensagem de alerta.

A presença de passageiros com passaportes falsos também já foi confirmada e está sendo investigada para identificar quem eles realmente seriam.

A polícia e unidades antiterroristas analisam as imagens de um circuito fechado de televisão do aeroporto de Kuala Lumpur em que duas pessoas que embarcaram no voo MH370 com passaportes roubados aparecem.

Os documentos são na verdade do italiano Luigi Marald e do austríaco Christian Kozel, roubados em 2013 e 2012, respectivamente, na Tailândia, depoimento confirmado pela Interpol.

A polícia tailandesa investiga hoje a pista de onde os bilhetes eletrônicos das passagens de Marald e Kozel, com destino à Pattaya, um popular destino turístico ao sul de Bangcoc, foram comprados.

O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur às 00h41 (local, 13h41 de sexta-feira em Brasília) e a chegada em Pequim estava prevista para seis horas mais tarde, mas a aeronave perdeu o contato com a torre de controle de Subang às 01h30 (local).

O aparelho transportava 239 pessoas de 14 nacionalidades: 227 passageiros, incluídos dois menores, e uma tripulação de 12 malaios.

A lista oferecida por Malaysia Airlines contém 153 chineses, 38 malaios, 7 indonésios, 6 australianos, 5 indianos, 4 franceses, 3 americanos, 2 neozelandeses, 2 ucranianos, 2 canadenses, 1 russo, 1 italiano, 1 holandês, 1 austríaco e 1 taiwanês.

O piloto do 777 é um malaio de 53 anos de idade com experiência de 18.365 horas de, que entrou na Malaysia Airlines em 1981, segundo dados da própria companhia.

A aviação civil da Malásia informou que a aeronave tinha combustível para 7,5 horas de voo. EFE

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