Convidados pela oposição, senadores espanhóis chegam à Venezuela
Caracas, 22 jul (EFE).- Os senadores espanhóis convidados pela oposição venezuelana chegaram nesta quarta-feira a Caracas, onde foram recebidos por membros da coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), em uma viagem que deve se prolongar até sexta-feira e na qual tentarão visitar os presos políticos desta legenda.
“Viemos nos encontrar com os principais líderes políticos (…). Por outra parte, queremos também dizer que vamos nos reunir com parlamentares da MUD”, declarou o senador do governante Partido Popular (PP), Dionisio García, a jornalistas.
García chegou acompanhado de Iñaki Anasagasti, do Partido Nacionalista Basco (PNV), Andrés Gil García, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), e de Josep Maldonado, do Convergència i Unió (CiU).
O senador do PP disse que hoje também revisarão a Declaração de Caracas, um texto que será apresentado no final de sua visita e no qual detalharão os resultados da mesma.
García afirmou que a embaixada da Espanha na Venezuela solicitou, de parte dos senadores, reuniões com o presidente do parlamento, Diosdado Cabello, a procuradora-geral, Luisa Ortega, e a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, mas que estas “ainda não foram confirmadas pela autoridades”.
Os políticos europeus foram recebidos no aeroporto pelo embaixador espanhol, Antonio Pérez-Hernández y Torra, a líder opositora María Corina Machado, que recentemente foi inabilitada para exercer cargos públicos, e Mitzy Capriles, esposa do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que está preso acusado de conspirar contra o governo.
Ledezma, que está em prisão domiciliar por motivos de saúde, será o primeiro a ser visitado pelos senadores espanhóis em Caracas, que saíram do aeroporto com destino à residência do prefeito no leste da cidade.
O defensor público venezuelano, Tareq William Saab, qualificou hoje de “intervencionista” a visita deste grupo de senadores depois que ontem já havia expressado seu desagrado a esta viagem ao assinalar que faz parte de uma “campanha de descrédito contra o Estado venezuelano”. EFE
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