Convocação de imprensa desperta otimismo sobre negociação nuclear

  • Por Agencia EFE
  • 02/04/2015 13h53
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Lausanne (Suíça), 2 abr (EFE).- Uma convocação de imprensa organizada pela União Europeia despertou expectativas sobre um anúncio nas negociações nucleares entre Irã e seis grandes potências.

A convocação, que não especifica hora, pede a todos os jornalistas que cobrem as negociações nucleares da última semana que se dirijam à Escola Politécnica de Lausanne, sem fornecer mais detalhes sobre os motivos.

Fontes diplomáticas explicaram que por volta das 17h local (14h, em Brasília) é esperada uma declaração conjunta do ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, e da chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.

Depois, Zarif oferecerá uma entrevista coletiva, e depois, o secretário de Estado americano, John Kerry comparecerá perante os jornalistas, segundo essa fonte que pediu anonimato.

Horas antes, o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, declarou que se as negociações nucleares rendessem frutos, haveria um comunicado conjunto de seu país e as potências do Grupo 5+1.

Zarif fez essas declarações aos jornalistas iranianos no começo do oitavo dia de negociações sobre o programa nuclear iraniano no hotel de Lausanne, onde são realizadas as conversas multilaterais.

“Se os esforços para chegar a um acordo tiverem um resultado, vamos divulgar um comunicado de imprensa assinado por Mogherini (Federica, a responsável de Política Externa da União Europeia) e eu”, disse o ministro.

Nos últimos oito dias, o Irã e as potências buscam pactuar um acordo marco que possa ser desenvolvido em detalhes até 30 de junho.

O objetivo é garantir que o Irã não possa fazer uma arma atômica, e em troca a comunidade internacional levantaria as sanções que pesam sobre a República Islâmica pelas suspeitas que geram suas ambições nucleares.

O Irã sempre reiterou que seu programa atômico tem uma finalidade exclusivamente pacífica, algo que não pôde garantir a agência nuclear da ONU depois de mais de uma década de investigação. EFE

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