Coordenador de resposta dos EUA contra ebola deixará o posto em março
Washington, 8 dez (EFE).- Ron Klain, nomeado em outubro coordenador da resposta do governo dos EUA ao vírus ebola, deixará o cargo e a Casa Branca em março, anunciou nesta segunda-feira o porta-voz Josh Earnest.
Klain “planeja deixar (o cargo) porque o assumiu com o status de empregado especial do governo, que permite a indivíduos trabalharem para o governo durante 130 dias”, explicou Earnest em sua entrevista coletiva diária.
“Os 130 dias trabalhados por Klain acabarão no início de março e, nesse momento, ele disse que voltará ao setor privado”, acrescentou o porta-voz.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, designou Klain em outubro como “coordenador de resposta ao ebola”, com a incumbência de definir a atuação do governo à doença, após receber críticas republicanas de falta de liderança e de lentidão no controlar do avanço do vírus.
Segundo Earnest, a Casa Branca avaliará em março se é necessário nomear um substituto para Klain, em função dos avanços feitos para conter a doença na África Ocidental e manter os Estados Unidos preparado para evitar um surto da doença.
“A pergunta será, será necessário que um indivíduo dedique 100% de seu tempo nisto para que sigamos fazendo avanços rumo ao nosso objetivo (de erradicar o ebola)? Ainda não sabemos se será preciso”, afirmou Earnest.
Klain, advogado de 53 anos, foi chefe de gabinete dos vice-presidentes Al Gore (1995-1999) e Joseph Biden (2009-2011) e, há três anos, era presidente da companhia de investimentos Case Holdings, sediada em Washington.
Earnest garantiu que os Estados Unidos fizeram “avanços substanciais” sob a liderança de Klain, tanto na África Ocidental como nos Estados Unidos. Quando ele assumiu havia somente três instalações médicas equipadas para tratar de forma segura um paciente de ebola e agora “já são 35 hospitais” preparados.
Obama advertiu na semana passada que a epidemia de ebola na África Ocidental não poderá “ser extinta sem mais recursos”, e pediu ao Congresso que aprove este mês sua solicitação de US$ 6,18 bilhões em fundos de emergência para combater a doença. EFE
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