Copacabana tem 420 calcinhas espalhadas na areia em ato contra abuso sexual

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/06/2016 12h35
Rio de Janeiro - A ONG Rio de Paz promove, na Praia de Copacabana, ato público contra o abuso sofrido pelas mulheres. Durante a manifestação, 420 calcinhas estendidas na areia, representam a quantidade de mulheres estupradas a cada 72 horas no Brasil. (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Agencia Brasil Protesto Copacabana

A Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, amanheceu com 420 calcinhas estendidas na areia. As peças de roupa representam a quantidade de mulheres estupradas no Brasil a cada 72 horas (por ano, são cerca de 50 mil). A ação faz parte de protesto da organização não governamental Rio de Paz contra a violência praticada contra as mulheres.

Além das roupas íntimas, que forma doadas pela Duloren, foram expostos painéis com imagens do fotógrafo Márcio Freitas com o tema “Nunca me calarei”. As fotos retratam a angústia de mulheres vítimas de abuso. Os rostos têm a marca de uma mão, em vermelho, como se tivessem tentado calar as mulheres. 

Antônio Carlos Costa, fundador do Rio de Paz, defendeu ações preventivas do poder público em favelas e comunidades de baixa renda para evitar esse tipo de crime.

Na tarde desta segunda-feira (6), está marcada uma audiência pública para debater a cultura do estupro, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Foram convocados a delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Decav), que assumiu o caso da jovem que sofreu estupro coletivo, no Morro da Barão, na zona oeste, e o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, afastado das investigações.

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