Coreia do Norte anuncia que continuará fazendo testes de mísseis

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2014 05h15

Seul, 3 jul (EFE).- A Coreia do Norte anunciou nesta quinta-feira que vai continuar realizando testes com mísseis teleguiados após o lançamento de vários projéteis no mar nos últimos dias e em plena visita do presidente da China, Xi Jinping, à vizinha Coreia do Sul.

O regime de Kim Jong-un “vai continuar realizando testes de lançamento de mísseis táticos teleguiados de alta precisão” sem se importar que os EUA tratem “desesperadamente” de acusar o regime comunista de violar as normas internacionais, informou a agência estatal “KCNA”.

O meio norte-coreano, que considerou os testes de mísseis como “um exercício de soberania”, fez uma nova advertência à Coreia do Sul e aos EUA.

“Aqueles que fizerem provocações contra a soberania e a dignidade do país nunca estarão fora do alcance de fogo de vários dispositivos de alta precisão, não importa quem sejam, onde estão e se são alvos individuais ou em grupo”, afirmou a “KCNA”.

As novas advertências acontecem no mesmo dia em que o presidente da China, Xi Jinping, chega a Seul para se reunir com a governante sul-coreana, Park Geun-hye.

Espera-se que os dois presidentes tratem de temas relativos ao regime de Kim Jong-un, desde o seu programa de desenvolvimento de armas nucleares até os testes de mísseis dos últimos dias.

Após vários meses de relativa calma, Pyongyang disparou vários projéteis de curto alcance no Mar do Leste na semana passada, enquanto Kim Jong-un assessorou pessoalmente o lançamento de teste de um novo míssil tático teleguiado.

Alguns especialistas acreditam que Pyongyang quer elevar a tensão na península por ocasião da visita de Xi Jinping a Seul, considerada como uma espécie de menosprezo por parte da China em relação à Coreia do Norte, já que é seu aliado mais tradicional e único parceiro econômico na região.

Para os especialistas, é significativo que esta seja a primeira vez que um chefe de Estado chinês viaja para a Coreia do Sul antes da Coreia do Norte. EFE

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